Eugenio Bucci: "O jornalismo de qualidade é mais chato do que a mentira"
O jornalista, professor e mais novo imortal da Academia Paulista de Letras Eugenio Bucci foi o convidado do Café com Aner na volta da programação dos encontros, em agosto de 2024. Durante um bate-papo com publishers e com a diretora executiva da Aner, Regina Bucco, ele falou sobre a desinformação. Ao avaliar a facilidade com que as mentiras se espalham rapidamente entre o público, ele foi enfático: “O jornalismo de qualidade é mais chato do que a mentira”, disse ele.
“Uma bobaginha se tiver impacto, se tiver carga emocional, se for de uma agressividade cortante, palpável, se souber se conectar nos ressentimentos do público ou de um certo recorte do público isso tem uma potencialidade de se alastrar e de engajar muito maior do que uma informação verídica, checada, verificada”, avaliou.
Eugenio Bucci
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A conversa aconteceu no mesmo dia em que a Aner participava do lançamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da campanha “Jornalismo é confiável” para combater a desinformação e fortalecer a democracia. Na verdade, a iniciativa, que conta com materiais informativos e educativos para o público, foi o tema central do bate-papo.
“Ler diferente não significa ler menos”
Bucci, conhecido por suas análises sobre a mídia e a comunicação, destacou a necessidade de um diálogo racional sobre fatos verificáveis para uma sociedade democrática. Ele abordou os desafios do jornalismo na era digital, a importância da educação midiática e o papel do jornalismo profissional na luta contra a desinformação.
Bucci também comentou sobre as mudanças na forma como as pessoas consomem informações. Além disso, destacou a importância da leitura crítica e da verificação de fatos. Ao falar sobre os aprendizados pessoais com os alunos, ele destacou a forma como os jovens se informam. O professor explicou que, apesar de as pessoas acharem que não, os jovens têm sua própria forma de se informar.
“Ler diferente não significa ler menos”, afirmou o jornalista. Segundo ele, as novas gerações têm muito a ensinar sobre como se informar de forma crítica em um mundo digital, mas é fundamental que haja um diálogo entre as diferentes gerações para encontrar soluções para o problema da desinformação.
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