Transformação Digital não é um projeto, mas uma mentalidade.

Transformação Digital não é um projeto, mas uma mentalidade.

25 de outubro de 2019
Última atualização: 25 de outubro de 2019
Helio Gama Neto

PROXXIMA – 25/10/2019

Alexandre Waclawovsky

Acredito que todas as organizações, independentemente do segmento ou área de atuação, já entenderam que evoluir seus modelos de negócios e atuação se faz necessário. Afinal, como diz o ditado popular “camarão que dorme, a onda leva” e na velocidade das evoluções tecnológicas, essa onda pode ser um tsunami. O tema digital já deixou de ser periférico e cada vez mais aparece na pauta de qualquer líder de empresa.

E talvez por esse aumento de demanda e soluções, que me deparo com perguntas como “quanto tempo vai levar uma transformação digital?” ou “por onde começo?“.

Abaixo, minhas respostas, com base nos mais de 15 anos de experiência, liderando transformações digitais.

Quanto tempo vai levar minha transformação digital?

Preparado para a resposta? desculpa se vou frustrar sua expectativa, mas posso afirmar que uma Transformação Digital tem apenas início e não terá fim ou em outras palavras, não é um projeto e sim uma mentalidade a ser incorporada pela sua empresa.

E a razão é simples – o mundo em que vivemos segue em transformação constante e se quiser encontrar a responsável por toda essa aceleração, posso poupar sua busca – ela chama-se tecnologia.

Repare nos seus hábitos de 10 e 5 anos atrás e compare com hoje. Tudo mudou. Educação, Bancos, Viagens, Mobilidade, Conteúdo, Modelos de trabalho e a lista só cresce. Se quiser comprovar minha hipótese, passe 1 semana sem wi-fi, 4G e acesso a qualquer tecnologia digital. Hoje a pergunta já não é mais se isso ou aquilo é digital, mas o contrário.

Enquanto a dinâmica do mundo mudou, as empresas ainda seguem com uma mentalidade de avançar do ponto A para o ponto B em linha reta e com objetivo fixo. Entenda esse ponto A como onde o modelo de negócios de sua empresa está e o ponto B como seu objetivo ou melhor o que precisa ser alcançado com uma transformação digital.

O desafio é que no meio dessa jornada esse ponto B vai mudar de lugar várias vezes. Ele é um alvo móvel e em constante aceleração. Nas reuniões estratégicas de qualquer cadeia de hotéis há alguns anos o AirBnB não era discutido, simplesmente porque ainda não existia.

Faz sentido agora, porque uma transformação é uma mentalidade e um processo e não um projeto?

E por onde começo?

Essa é uma das perguntas que mais gosto de responder. Geralmente essa pergunta vem acompanhada de algumas hipóteses. É tecnologia, papéis e responsabilidades, estratégia, metodologias, estruturas ou processos?

Minha experiência indica que todas as hipóteses acima estão erradas. Elas são importantes, sem dúvida, mas secundárias. Conhece uma frase do Peter Drucker que diz “Cultura come a estratégia no café da manhã?”.

Essa frase dá a melhor pista sobre o ponto de partida correto de qualquer transformação digital – a cultura organizacional. Vivemos em um mundo dinâmico e flexível, onde as pessoas tendem a cada vez mais buscar ambientes de trabalho que reflitam essa realidade.

Culturas com valores pouco flexíveis, muito estruturadas, hierárquicas, avessas a riscos, com processos e metodologias imutáveis terão cada vez mais dificuldade de competir num cenário de negócios quase oposto a sua natureza, onde novos competidores surgem e desaparecem.

De nada adianta ter acesso aos melhores profissionais, processos ou tecnologias se a cultura não sofre um processo de evolução para acompanhar as novas dinâmicas do mundo. Importante reforçar que quando me refiro a cultura, entenda pessoas e aqui não significa implodir a empresa e trazer um exército de jovens.

Garanto que essa evolução cultural não se trata de um tema geracional, mas como o título desse artigo já diz, de mentalidade. Diversidade nunca foi tão relevante, assim como abertura e empatia para entender pontos de vista diversos.

O tempo me ensinou que a resposta não está em recrutar um exército de especialistas digitais, mas sim em preparar e incentivar aqueles colaboradores que entendem e sabem como operar num mundo digital.

Faz sentido para você?

Alexandre Waclawovsky (Wacla) | Founder na New Way Consulting & Associado na Amélie Consulting


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Helio Gama Neto