Testes do Facebook com remoção de número de curtidas começam pela Austrália
ÉPOCA NEGÓCIOS – 27/09/2019
O Facebook anunciou que estava iniciando na Austráliao teste com a remoção do número de curtidas em fotos e vídeos e de outras métricas, como a contagem de visualizações de vídeos, que se tornariam privadas para outros usuários. Assim, apenas a pessoa que fez a postagem terá acesso ao número de pessoas que interagiram com a foto ou o vídeo publicado.
A ideia da companhia é reduzir a ansiedade e a pressão sobre os usuários pelo retorno em curtidas de suas publicações. É a primeira vez que a empresa anuncia planos de ocultar os números em sua plataforma. O Facebook, no entanto, disse que não havia decidido se lançaria o experimento além da Austrália.
Em julho deste ano, o Instagram, site de compartilhamento de fotos de propriedade do Facebook desde 2012, começou a ocultar algumas curtidas e outras métricas. Atualmente, o Instagram não exibe os “likes” para usuários na Austrália , no Canadá , na Irlanda , na Itália , na Nova Zelândia , no Japão e no Brasil.
Durante anos, as pessoas que usam o Facebook, Instagram e Twitter perseguem o ‘Likes’ como um símbolo de status. Mais curtidas em um post de mídia social significavam que a pessoa era popular, envolvente e interessante. Agora, a rede social de Mark Zuckerberg decidiu adotar medidas para limitar a importância dessas curtidas e outras métricas.
Para obter “likes”, às vezes as pessoas eram motivadas a postar mensagens e vídeos que se tornaram virais. Isso ajudou a levar a uma proliferação de conteúdo violento, radical ou extremista nas mídias sociais.
– Reuniremos feedback para entender se essa mudança melhorará a experiência das pessoas – disse Jimmy Raimo, porta-voz do Facebook.
Raimo acrescentou que o site queria ser um lugar onde as pessoas se sentissem confortáveis em se expressar.
Há muito tempo, os defensores da saúde na internet pressionaram o Facebook a parar de priorizar a contagem de curtidas, argumentando que as métricas têm um impacto negativo na auto-estima das pessoas.
– Sabemos que as crianças buscam validação pelo botão Curtir. Sabemos que isso pode afetar negativamente a auto-estima de crianças e adolescentes – disse Jim Steyer, executivo-chefe da organização sem fins lucrativos Common Sense Media. – O público está finalmente acordando para quantas dessas táticas podem ser manipuladoras – conclui.