Para 37%, publicidade ainda é racista

Para 37%, publicidade ainda é racista

20 de novembro de 2019
Última atualização: 20 de novembro de 2019
Helio Gama Neto

MEIO&MENSAGEM – 20/11/2019

Apesar dos avanços nos últimos anos, o varejo e a indústria de bens de consumo ainda têm muito a evoluir no que diz respeito a agregar maior diversidade em suas práticas de mercado e sua comunicação. Segundo o estudo Oldversity, divulgado pelo Grupo Chroma no ano passado, 37% dos entrevistados acreditam que a publicidade brasileira ainda é racista, por exemplo.

O estudo ouviu quase 2 mil pessoas de todas regiões do País, perfil ABC, 16 anos ou mais. Orientação sexual diversa, origem étnica variada e pessoas deficientes foram contempladas no levantamento online.
Segundo 70% dos entrevistados, as propagandas ainda não são genuínas quando abordam temas como diversidade e longevidade, e 72% dizem que os pontos de venda dessas empresas não estão preparados para lidar com um público mais diversificado ou mais velho. Para 32% dos pesquisados, as marcas brasileiras ainda reproduzem comportamentos preconceituosos.

No entanto, quando as empresas passam a ter atitudes mais positivas nesse sentido, a receptividade à marca tende a aumentar: 56% admiram mais as empresas que se posicionam claramente sobre diversidade, e 52% passam a considerar os produtos dessas companhias em futuras compras.

Entre o público negro, 53% afirmam que as propagandas não refletem a sua realidade. Também segundo essa mesma base, o atendimento das empresas é preconceituoso segundo 29% dos respondentes.
O estudo ainda aponta as marcas mais lembradas segundo suas ações em relação a diversidade e longevidade. Ao questionar os entrevistados, pediu que considerassem empresas que pensam, preocupam-se, promovem e defendem assuntos conectados a assuntos como orientação sexual, gênero, raça e pessoas com deficiência. Nesse sentido, entre as pessoas que citaram alguma marca, as de maior destaque foram O Boticário (16%), Natura (12%), Avon (7%), Samsung (6%), Coca-Cola (5%), Globo (5%), Nestlé (3%), Itaú (3%), Google (2%) e Johnson & Johnson (2%). Apesar disso, 47% dos 1.814 entrevistados não citaram nenhuma marca.


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Helio Gama Neto