“O escritório vai continuar existindo, até com mais propósito”, diz presidente da Stone
ÉPOCA NEGÓCIOS – 17/06/2021
Daniela Frabasile
Para Augusto Lins, o home office no futuro passará a ser uma opção, mas os encontros presenciais ainda serão importantes para manter viva a cultura da empresa.
Se hoje o trabalho remoto é uma necessidade, para manter os tão necessários protocolos de distanciamento social, no futuro, o home office voltará a ser uma opção para os colaboradores. Quem diz isso é Augusto Lins, presidente da Stone. O ano de 2020 trouxe aprendizados para a empresa, que chegou a ter 80% do pessoal em trabalho remoto. “Por mais que sempre tenhamos sido flexíveis dentro da Stone, no último ano fomos obrigados a encarar uma nova forma de trabalhar que, no final das contas, tem funcionado muito bem”, afirma.
O modelo de trabalho para o pós-pandemia, segundo Augusto, será híbrido – a depender da função de cada profissional e suas atividades a cada dia. “Algumas áreas, como a de relacionamento com o cliente, que são centrais para o nosso negócio, devem no futuro a voltar a ter um contingente maior para o presencial”, prevê.
Augusto, portanto, não acredita no fim dos escritórios físicos. “Como o nosso principal diferencial é a nossa cultura e o contato humano próximo, acreditamos genuinamente que isso é fundamental não apenas para os resultados, mas para as nossas relações com clientes, com as áreas internas, e entre times”, diz ele. Os escritórios do futuro serão menos adensados e funcionarão como ponto de encontro para trocas, compartilhamento de sentimentos e para manter viva a cultura corporativa. “Acreditamos que o escritório vai continuar existindo, até com mais propósito. Porque, afinal, trabalhar, a gente já sabe que é possível de qualquer lugar.”
Além do home office ampliado, a pandemia obrigou a Stone a rever seu processo de recrutamento. Foi necessário implementar a tecnologia e reformular os processos, que agora são conduzidos 100% digitalmente, com testes on-line e entrevistas por videoconferência. Aqui, surgiu uma vantagem: a de contratar pessoas em qualquer lugar do mundo. “Isso nos permite identificar potenciais talentos em qualquer lugar do país e do mundo, buscando pessoas com energia, inteligência e integridade independentemente da sua localização”, conta o executivo.