Papel sustentável: campanha destaca setor como um dos menores emissores industriais de gases do efeito estufa

Papel sustentável: campanha destaca setor como um dos menores emissores industriais de gases do efeito estufa

24 de outubro de 2022
Última atualização: 17 de agosto de 2023
3min
Márcia Miranda

24 de outubro de 2022

papel e carbono imagem mostra campanha pra esclarecer sobre a sustentabilidade da indústria de papel
A campanha mostra que a energia usada na produção do papel é renovável e o consumo de carbono fóssil pelo setor surpreendentemente baixo

A Two Sides Brasil está lançando a segunda etapa da campanha Love Paper, para conscientizar sobre a sustentabilidade da indústria de papel, celulose e impressão. Desta vez, o foco está no esclarecimento sobre a energia usada na produção do papel, que é renovável, e no fato de o consumo de carbono fóssil pelo setor ser surpreendentemente baixo.

De acordo com a Two Sides, o setor de papel, celulose e impressão é um dos menores emissores industriais de gases do efeito estufa. A campanha visa a esclarecer mitos que circulam na internet, acusando a produção de papel de ser uma das principais causas das emissões globais de gases de efeito estufa.

“A indústria de celulose e papel fabrica produtos cuja principal matéria-prima é de origem biológica – a madeira, um material renovável, e fibras recicladas. O setor de papel, celulose e impressão é um dos menores emissores industriais de gases do efeito estufa. Na Europa, por exemplo, o setor responde por apenas 0,8% das emissões”, explica Fábio Mortara, presidente da Two Sides Brasil e América Latina.

Fontes de energia são renováveis

A campanha explica que as indústrias brasileiras de base florestal, que incluem o setor de celulose e papel, são grandes produtoras e usuárias de energia renovável. Da energia consumida, 77% são produzidos pelo próprio setor e 89% vêm de fontes renováveis. Cerca de 16% são oriundos de biomassa florestal e 73% do reaproveitamento como combustível de componentes do licor preto — um subproduto resultante do processo de extração da celulose, que contém resíduos da madeira (lignina) e produtos químicos. A queima do licor preto, que é renovável, gera energia e permite recuperar químicos que são reutilizados no processo de extração da celulose.

“As fábricas mais modernas, que integram a extração de celulose com a geração de bioenergia, chegam a produzir excedentes de energia que são disponibilizados para a rede pública”, conta Fábio.

O trabalho também cita, por exemplo, o Relatório Anual Ibá, da FGV, que diz que “Nos últimos seis anos, a produção de energia renovável da indústria de árvores plantadas avançou 25% e a sua venda, 39%, o que faz da biomassa um importante agente de segurança energética do país, contribuindo para uma matriz energética renovável.”

De 2019 para 2020, o setor reduziu seu consumo de energia em 8,7%, com aumento da eficiência energética e sem prejuízo dos volumes de produção. Além disso, houve também redução de 28,6% na compra de energia.

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Veja a entrevista de Fábio Mortara no Café com Aner

Márcia Miranda
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