IA no jornalismo: riscos e oportunidades para os publishers

IA no jornalismo: riscos e oportunidades para os publishers

16 de agosto de 2023
Última atualização: 26 de setembro de 2023
4min
Guilherme Ravache homem branco de barba e cabelos castanhos usa óculos e camisa azul em tela de conferência virtual
Márcia Miranda

16 de agosto de 2023

Tela de apresentação no Zoom mostra powerpoint em laranja com letras em branco falando sobre impactos e oportunidades da IA no jornalismo com Guilherme Ravache

Guilherme conversou com editores sobre os impactos e oportunidades da IA no jornalismo.

Guilherme Ravache foi o convidado do Café com Aner do dia 15 de agosto, para discutir os impactos e as oportunidades da inteligência artificial no jornalismo. Ele falou sobre os pontos a que os publishers devem ficar atentos, destacando que a IA generativa pode ser uma ferramenta eficiente na produção de conteúdo, personalização de mensagens e otimização de distribuição, mas que é importante ter profissionais especializados nesse processo.

“A união dos produtores de conteúdo é essencial para competir com grandes players do mercado”, alertou. “A inteligência artificial generativa tem o potencial de transformar o jornalismo, mas ainda não substitui a qualidade do texto produzido por humanos”.

O Café com Aner é um encontro já tradicional dos publishers e jornalistas nas tardes de terça-feira. Realizado pela Aner e transmitido online pelo Zoom, o Café é gratuito e democrático, aberto à participação de todos, associados e não-associados. Fique atento à nossa agenda, acompanhando as nossas redes sociais.

Maior concorrência e oportunidades de monetização

Guilherme explicou que o uso da IA no jornalismo pode resultar em maior concorrência, homogeneização do conteúdo e impacto no modelo de negócios publicitários, exigindo uma adaptação das empresas de mídia.

“As barreiras geográficas são reduzidas com a produção de conteúdo em novos mercados. A cópia de conteúdo se torna mais frequente e de alta qualidade, prejudicando a propriedade intelectual”, destacou.

O especialista explicou que a utilização de dados e plataformas de Inteligência Artificial levanta questões sobre remuneração e direitos autorais, que estão em discussão entre os produtores de mídia jornalística em todo o mundo.

Veja alguns pontos de destaque no bate-papo:
  • A implementação da inteligência artificial no jornalismo traz riscos, como a amplificação de notícias falsas e a falta de revisão adequada.
  • As novas possibilidades da IA trazem impactos diretos no negócio, oferece oportunidades de monetização e redução de custos para as empresas de mídia, mas também levantam questões éticas.
  • A aplicação prática e o aprendizado no dia a dia são essenciais para acompanhar as mudanças tecnológicas.
  • O mercado demanda um nível de aprendizado solitário e constante.
  • É importante aprender a conviver com a tecnologia e não ter medo de buscar entendimento máximo. O medo não pode ser paralisante
  • A tecnologia gera oportunidades, mas é necessário coragem e análise para aproveitá-las.
  • A inteligência artificial pode atuar como assistente virtual, oferecendo recomendações e feedback personalizado para a equipe editorial.
  • A propriedade intelectual e o conhecimento de como utilizar as ferramentas são diferenciais competitivos.
  • A formação acadêmica em jornalismo não é suficiente para atender as demandas do mercado.

 

Veja aqui o PDF com a apresentação de Guilherme durante o Café

 

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Texto: Márcia Miranda

 

Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.