Educação midiática, uma necessidade

Educação midiática, uma necessidade

9 de junho de 2020
Última atualização: 9 de junho de 2020
Helio Gama Neto

EDUCA2022 – 08/08/2020

Demétrio Weber

Senso crítico e responsabilidade são qualidades que todos que escrevem e leem − ou que consomem e produzem informações − deveriam ter.

Senso crítico para desconfiar de notícias falsas, para buscar fontes confiáveis, para perceber que o contexto e os interesses de quem fala também são essenciais para a compreensão do que foi dito.

Responsabilidade para não produzir nem propagar notícias falsas, para não alimentar discursos de ódio, para enxergar o alcance e o potencial de dano de uma curtida, de um comentário ou de um compartilhamento.

Eis alguns dos princípios da chamada educação midiática, esforço para formar cidadãos capazes de se orientar em meio ao bombardeio diário de informações a que todos estamos expostos, do momento em que acordamos até a hora em que vamos dormir.

EducaMídia

No Brasil, o Programa de Educação Midiática, conhecido como EducaMídia, forma professores para levar essas questões às salas de aula. O objetivo é desenvolver habilidades que ajudem os alunos a tirar proveito da quantidade de informações a que têm acesso − e a interagir na internet e nas redes sociais, ainda que seu universo não se limite às mídias digitais.

O EducaMídia define a educação midiática como o “conjunto de habilidades para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos − dos impressos aos digitais”.

Alfabetização

Em sua página na internet, o programa lembra que convivemos com um excesso de informações que desafia nosso senso crítico − a ponto de alterar o conceito de alfabetização.

A mera capacidade de decodificar sinais e letras não basta: “Como diferenciar fatos de opiniões? Como produzir e compartilhar mensagens com responsabilidade? Lidar com esses obstáculos altera profundamente nossa ideia de alfabetização. Não basta ler o que chega às nossas mãos. É preciso interpretar intenção, autoria e contexto. É preciso dominar as ferramentas e as linguagens que nos permitem ter voz nesse ambiente”, diz um dos textos no site do EducaMídia.

O programa é desenvolvido pelo Instituto Palavra Aberta, entidade sem fins lucrativos criada por iniciativa da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e da Associação Brasileira de Agências de Propaganda (Abap).

Em plena era da informação, quanto mais ‘alfabetizados’ formos, melhor.


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Helio Gama Neto