Conectividade privada é cada vez mais necessária na economia digital; entenda essa tecnologia

Conectividade privada é cada vez mais necessária na economia digital; entenda essa tecnologia

15 de outubro de 2019
Última atualização: 15 de outubro de 2019
Helio Gama Neto

ÉPOCA NEGÓCIOS – 15/10/2019

ÉRICO LOTUFO

Com a digitalização atingindo cada vez mais setores da economia, a conexão privada (ou interconexão) será crucial para acompanhar o ritmo desta transformação. É o que afirma o Global Interconnection Index (GXI), estudo sobre o mercado de interconexão mundial.

A interconexão é a conectividade privada entre duas empresas, sem a necessidade de uma operadora de telecomunicações pública intermediando a conexão. Por meio de data centers, fibra ótica e computação em nuvem, empresas podem trabalhar juntas com menor latência e maior volume de troca de dados.

Segundo números da pesquisa, setores como o de transações financeiras, criação e transmissão de conteúdo digital e serviços de TI serão as áreas mais impactadas no uso de dados até 2022. Na América Latina, o consumo de dados por empresas deverá crescer 63% ao ano.

“Transformação digital é crucial,” diz Eduardo Carvalho, managing director da Equinix no Brasil. “Empresas que seguirem essa transformação a passos lentos com certeza vão ter problemas.” A Equinix é uma empresa de interconexão e autora do GXI.

A conectividade privada traz vantagens em relação à conexão pública. A menor latência permite que empresas trabalhem com pessoas de todo o mundo sem a necessidade de uma proximidade física. Segundo Carvalho, isso permitiria a “mundialização” das empresas pelo trabalho remoto.

Interconexão também permite encurtar a distância de troca pública de dados. Carvalho dá como exemplo a Netflix, que usa a conectividade privada para espalhar o serviço por data centers ao redor do mundo. Isso permite que a velocidade de seu streaming se mantenha constante.

Pelo mundo, o GXI prevê aumento de 51% em volume de dados por ano até 2022. Segundo a Equinix, isso equivaleria a mais de 13.300 terabytes de dados por segundo, o suficiente para a população global baixar todos os episódios de Game of Thrones em ultra HD ao mesmo tempo em menos de um dia.

Para a América Latina, espera-se o maior aumento em volume de dados para conteúdo e mídia digital entre todas as regiões. Até 2022, os países latinos devem compor 11% do mercado mundial de interconexão.

Segundo a pesquisa, 86% das empresas latino-americanas consideram a migração digital como uma prioridade e 64% delas já utilizam a interconectividade para reduzir custos e aumentar a velocidade de conexão.

Em outras regiões, setores específicos terão mais destaque. Na América do Norte, setores tradicionais da indústria, como manufatura e energia, terão aumento significativo do uso de dados. A Europa terá o maior aumento em educação e ciências biológicas. Já na Ásia e no Pacífico, os setores de TI e computação em nuvem lideram.

A interconectividade demanda mais de um participante. Para Carvalho, esse é o ponto principal desta tecnologia. “Empresas precisam pensar de cabeça aberta, em um ecossistema de negócios, e formatar parcerias,” disse. “Companhias que eram concorrentes no passado terão que ser parceiras no futuro.”


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Helio Gama Neto