Webinars ANER: branding, autoridade e posicionamento são essenciais para clubes de assinaturas

Webinars ANER: branding, autoridade e posicionamento são essenciais para clubes de assinaturas

15 de julho de 2021
Última atualização: 15 de julho de 2021
Márcia Miranda

Um debate sobre os clubes de assinatura marcou o segundo episódio do Ciclo de Webinars “O Futuro já Passou?” promovido pela ANER. Convidados para analisar o modelo comercial, a Co-Founder da TOT3, Maísa Doris e o diretor de clientes da Infracommerce,  Veraldino Junior traçaram um panorama sobre como os clubes podem ser uma boa opção para o mercado. O encontro foi conduzido pelos moderadores Demetrios Santos e Regina Bucco.

“O tema é muito significativo e importante. Uma das propostas destes webinars é fazer com que o editor encontre formas de diversificar sua atuação”, disse Rafael Soriano, presidente da Aner.

Veja alguns pontos de destaque do debate:

ANER: Por que os editores perderam o “bonde da história” não participando dos clubes de assinaturas?

MAÍSA: Lembro de ouvir algumas pessoas falaram sobre assinatura, como a Folha, que foi precursora, pioneira, no sentido de reunir e identificar locais, opções de entretenimento, descontos e uma série de outras vantagens para seus leitores. lembrando que, inclusive, esse movimento foi responsável por somar nesta decisão de compra na renovação ou entrada de novos assinantes. A própria questão do digital pode ter assustado (o mercado) de alguma forma. A velocidade com que as coisas aconteceram nos últimos de anos deixaram a mídia mais preocupada em saber como bloquear o conteúdo ou liberar o conteúdo… então a discussão teve que ir para uma outra seara, que era mais o core business das empresas de conteúdo.

VERALDINO:  O Submarino, nos seus primórdios, era uma empresa muito focada na venda de livros, da mesma maneira que a Amazon surgiu nos Estados Unidos vendendo livros. É um segmento que deveria ter sido o primeiro em todas as nossas evoluções. Mas por algum motivo a indústria foi mais temerária neste segmento e começou a tirar o pé, então outros produtos começaram a pedir passagem. Os clubes de assinaturas podem ser criados para os mais diversos fins. Há empresas de bebidas que fazem clubes para dar experiências únicas ao seu cliente. Já o segmento literário ficou mais envolvido em outra dúvida: vamos vender produto físico ou vamos vender o conteúdo digital? Quando o conteúdo digital passou a ganhar força, os clubes de assinaturas para outros segmentos já tinham dado passos mais vigorosos.

ANER: Como o cobranding poderia funcionar para o nosso mercado?

MAÍSA: Há pontos determinantes neste negócio que são audiência e autoridade. Quando falamos de um veículo que já tem seus leitores, ele formou um branding, uma autoridade e tem um traço muito determinante em relação ao que ele faz e como se posiciona. Essa é uma vantagem que deixa um veículo de comunicação muito à frente de quem está começando agora. Eles têm audiência e autoridade porque tem uma história. E, como costumo dizer, no mundo dos negócios, ganha quem conta a melhor história. Então é possível que esses veículos possam se posicionar contando suas histórias e agregando, congregando aqueles leitores deixados no meio do caminho com vantagens exclusivas a partir do que se produz. eu avalio como uma possibilidade riquíssima! Pegando como exemplo as universidades americanas, o sentimento de comunidade é algo perene, se leva até mesmo depois da formação. Existe um programa pensado para que essa relação se perpetue com entregáveis muito fortes que fazem sentido e dão a essa comunidade o sentimento de pertencimento. Quem não tem autoridade não pode construir essa condição do dia para a noite.

ANER: Guilherme Duarte e Joaquim Carqueijó comentam o caso do NSC, um clube de jornais em Florianópolis que conta com um programa de parcerias. Eles fazem entrega de benefícios a partir de uma assinatura. O que acham deste conceito?

VERALDINO: Temos dois steps principais para um clube funcional: ele tem que atender a expectativa do consumidor. Não adianta trazer maravilhas e esquecer do básico que ele contratou, no prazo e da maneira em que foi contratado. Esse é o primeiro passo para criar credibilidade. O segundo passo é surpreender o seu consumidor. Uma vez que já conseguiu entregar o que ele contratou, você pode surpreendendo, com experiências e benefícios que normalmente ele não teria. Um produto com tiragem limitada, ele terá acesso privilegiado. Todo mundo que busca um clube busca essa sensação de ser considerado especial. O grupo dá essa sensação de poder. O clube é um canal de fidelização. A partir do momento que vc faz a criança torcer pelo seu time”, você fideliza essa pessoa e tem que entregar, além do que ela espera, maravilhar esse consumidor de forma que ele se mantenha apaixonado e fiel.

Inscrições ainda estão abertas!

A série de webinars que começou esta semana vai ao ar sempre às quartas-feiras, a partir das 19h30, pelo YouTube e Facebook da Aner. A iniciativa e faz parte de um projeto de reposicionamento da Associação, no sentido de fomentar a participação e colaboração entre todos os parceiros e associados. O próximo episódio, “Como o editor pode se reinventar no ambiente digital?” terá a participação do empreendedor, consultor digital e colunista Guilherme Ravache , da líder de parcerias de notícias para o Brasil no Facebook Maíra Carvalho e da editora-executiva online da Carta Capital, L Thais Reis Oliveira. As inscrições já estão abertas!

Quer participar? Inscreva-se em nosso hotsite!

 

Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.