‘Big Tech’ vai responder por anos de ‘copiar-comprar-matar’

'Big Tech' vai responder por anos de 'copiar-comprar-matar'

29 de julho de 2020
Última atualização: 29 de julho de 2020
Helio Gama Neto

FOLHA DE S.PAULO – 29/07/2020

Nelson de Sá

O New York Times apostou em sua chamada que os presidentes de “Amazon, Apple, Facebook e Google encaram seu momento Big Tobacco” com a audiência desta quarta (29), no Congresso. É referência à audiência célebre de 1994, das gigantes de cigarro, que foi parar no cinema.

O Washington Post, que é do dono da Amazon, Jeff Bezos, não ficou atrás, levando ao seu enunciado o “confronto épico com Big Tech”, as grandes de tecnologia.

Já a Bloomberg foi contida, destacando a nota do fundo de investimentos AGF, que prevê “açoitamento público” dos executivos, mas pouco além disso, até porque eles “contribuem generosamente para campanhas”.

Nada de forçar a divisão das empresas, por exemplo. A “grande ameaça” para elas continua sendo um imposto no início do próximo governo. É seu “calcanhar de Aquiles”, porque mal recolhem.

De todo modo, o WP adiantou o questionamento que os congressistas farão à estratégia histórica de “copiar-comprar-matar” das gigantes, contra potenciais concorrentes. Ou “conduta excludente”, no dizer do editorial do NYT.

E o Wall Street Journal revelou que o Facebook começou a oferecer dinheiro para que tiktokers com milhões de seguidores se transfiram para o seu novo clone de TikTok, o Instagram Reels.

REFÚGIO
O site Politico, WSJ (com a imagem acima) e outros destacaram o pronunciamento que Mark Zuckerberg pretende fazer no Congresso, com trechos como “o Facebook é uma empresa orgulhosamente americana”. E “a China está erguendo sua versão da internet, focada em ideias muito diferentes, e está exportando sua visão para outros países”.

A Bloomberg lembra que ele “abraçou essa linha” após anos “cortejando os líderes chineses”, sem sucesso.

MINGUANTE
Na home page do Washington Post, “A minguante influência global dos Estados Unidos”. Destaca pesquisa de opinião Gallup em 135 países e territórios, encerrada em fevereiro, antes do impacto maior da pandemia, sobre as “quatro grandes potências”.

Pelo terceiro ano seguido, “a Alemanha aparece no topo” de aprovação (44%), seguida de EUA (33%), China (32%) e Rússia (30%).

Questionados pelo Gallup sobre como avaliam a “liderança dos EUA”, 44% dos brasileiros responderam desaprovar, e 38%, aprovar. Na Argentina, 53% e 26%. No México, 75% e 17%.

‘KING DOLLAR’S DECLINE’
Na Bloomberg, o grupo financeiro Goldman Sachs “alerta que papel do dólar como moeda de reserva mundial está sob risco”, enfatizando “o nível crescente da dívida pública, que agora excede 80% do PIB”. Outro texto sublinha o efeito do programa europeu bilionário de estímulo sobre a moeda americana.

E na Reuters, por NYT e outros, “Declínio do Rei Dólar reverbera ao redor do mundo”.

Jornalista, publica a coluna Toda Mídia e cobre imprensa e tecnologia


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Helio Gama Neto