Associações pressionam pela libertação de Evan Gershkovich

Associações pressionam pela libertação de Evan Gershkovich

6 de abril de 2023
Última atualização: 17 de agosto de 2023
3min
Homem branco de cabelo castanho e blusa azul clara associações de imprensa pedem a libertação do repórter Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, preso mediante alegações infundadas de espionagem
Márcia Miranda

06 de abril de 2023

Homem branco de cabelo castanho e blusa azul clara associações de imprensa pedem a libertação do repórter Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, preso mediante alegações infundadas de espionagem
Associações de imprensa pedem a libertação do repórter Evan Gershkovich, do The Wall Street Journal, preso mediante alegações infundadas de espionagem. Imagem: Reprodução LinkedIn

Associações de imprensa brasileiras assinaram carta enviada nesta quinta-feira, 06 de abril, ao embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, pedindo a libertação imediata e incondicional do repórter Evan Gershkovich. O repórter trabalha para o The Wall Street Journal e foi preso no dia 30 de março, mediante alegações infundadas de espionagem contra ele. Assinam a carta a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Na carta, as três associações lembram que Evan Gershkovich é um cidadão norte-americano e tem uma longa carreira como jornalista. O documento destaca ainda que o jornalista está baseado em Moscou há vários anos, é credenciado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia e tem coberto notícias russas como parte de uma equipe de correspondentes na capital.

Leia aqui a íntegra da carta

Abert, Aner e ANJ pedem que, desde já, o repórter seja autorizado a manter comunicações com sua família e que, acima de tudo, seu acesso a um advogado de defesa fornecido por seu empregador continue sendo garantido.

“A detenção injusta e injustificada de Gershkovich representa uma escalada nas ações do governo contra a imprensa”, afirmam as entidades. “Com este gesto, a Rússia envia uma mensagem clara de que o jornalismo dentro de suas fronteiras é uma atividade criminosa e que os correspondentes estrangeiros que desejam fazer reportagens da Rússia não merecem a proteção legal de seus direitos”.

A carta enviada hoje à Embaixada da Rússia no Brasil faz parte de um movimento coordenado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) em busca da soltura do jornalista. A comoção pela soltura do jornalista tem sido tema de manifestações de instituições em todo o mundo, como o International Center for Journalism (ICFJ).

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Márcia Miranda
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