No jornalismo praticado pela Folha, notícia e opinião não se misturam
FOLHA DE S.PAULO – 18/07/2020
No último dia 7 de julho, o colunista Hélio Schwartsman escreveu um texto cujo título era “Por que torço para que Bolsonaro morra”.
A partir dessa publicação, leitores se queixaram de que a Folha desejava a morte do presidente, o que não é verdade.
No jornalismo praticado pela Folha, notícia e opinião não se misturam.
De um lado, uma ampla gama de colunistas das mais diversas formações e orientações tem toda a liberdade para expressar suas opiniões. E alguns deles divergiram dos argumentos de Schwartsman.
Do outro, uma equipe de mais de 300 jornalistas está empenhada em apurar e publicar fatos objetivos que sejam de interesse público ou que atendam à curiosidade legítima de um gigantesco leitorado. Aqui opinião não entra, a não ser que seja nas falas dos entrevistados.
Para que essa divisão entre notícia e opinião fique clara, o jornal adota a separação visual entre editoriais, colunas e blogs, de um lado, e textos noticiosos, do outro. Essa é uma regra determinada pelo Manual da Redação.
Desde 2019, os chapéus dos conteúdos com tais definições, nas plataformas digitais, são clicáveis e levam ao que cada um significa. A iniciativa integra o Trust Project (Projeto Credibilidade no Brasil), que faz o mesmo com vários jornais do mundo, como Washington Post e El Pais.
TIPOS DE TEXTO NO JORNAL
Editorial Texto não assinado que expressa a opinião da Folha.
Opinião Expressa a opinião do autor do texto.
Reportagem É o tipo de texto publicado com mais frequência. Não há opinião. Como prevê o Manual, “traz relatos fidedignos e atuais sobre fatos, pessoas, ideias e produtos relevantes”.
Análise Contextualiza um acontecimento e aprofunda a compreensão de seus diversos ângulos.
Crítica Expressa juízo de valor sobre a obra cultural comentada e destaca seus elementos positivos e negativos.
Humor Texto cômico, geralmente sobre um tema da atualidade.