Tendências em design para 2025: CBA B+G divulga relatório Pulse 2025

A Agência CBA B+G divulgou um relatório em que mostra as principais tendências em design para 2025. O trabalho, que se chama Pulse 2025, apresenta nove insights de design da agência CBA B+G, focando na interseção entre design e desafios contemporâneos. A publicação explora temas como resiliência climática, narrativas ambientais evolutivas, criação de “terceiros lugares” comunitários, equilíbrio entre vida digital e analógica, longevidade, fluidez de idade, e a incorporação de elementos lúdicos no design.
A publicação aborda a crescente integração da inteligência artificial no design, enfatizando a necessidade de considerações éticas. O foco principal reside na ideia de que o design deve ser útil, inovador e gerar impacto positivo em diversas escalas: individual, coletiva e planetária.
Conheça os insights chave para tendências em design
O relatório apresenta nove insights principais que ilustram como o design pode abordar dinâmicas contemporâneas complexas:
1 – Sistema Flexível (System Flex):
- Conceito: A identidade das marcas deve ser adaptável, permitindo que se comuniquem em vários contextos e plataformas, mantendo a coerência. A ideia é que a marca evolua com a cultura.
- Exemplo: O logotipo dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, com a letra “A” intercambiável para representar a diversidade da cidade. A campanha “Thanks for Coke-Creating” da Coca-Cola e as colaborações da Heinz e Absolut exemplificam essa abordagem.
“Ao passar da consistência rígida para a flexibilidade estratégica, as marcas forjam identidades vivas que ressoam em toda a paisagem digital e evoluem com a cultura.”
2 – Resiliência Climática (Climate Resilience):
- Conceito: O design deve integrar a resiliência climática como um princípio fundamental, criando soluções adaptáveis e proativas.
- Contexto: Recordes de temperatura, desastres naturais e o aumento na procura por “habilidades verdes” evidenciam a urgência da questão.
- Exemplos: Redesigns de produtos de beleza (protetor solar), projetos de habitação adaptados a enchentes e práticas agrícolas regenerativas.
“Essas iniciativas refletem uma crescente compreensão de que a resiliência climática não é apenas uma consideração ambiental – é um princípio fundamental de design que abrange indústrias e escalas.”
3 – Evolução das Narrativas Verdes (Green Narratives Evolution):

- Conceito: Marcas devem comunicar seus compromissos ambientais de forma autêntica, usando narrativas envolventes e dados transparentes. A ideia é que os consumidores se tornem parte ativa das práticas sustentáveis.
- Exemplos: A marca de café Bettr em Singapura que se concentra em “anti-heróis imperfeitos”, a Fairphone com design modular e a loja da Valrhona com até 50% de materiais sustentáveis.
“As comunicações estão evoluindo para enfatizar a autenticidade e o progresso sobre a perfeição.”
4 – Terceiros Lugares (Third Places):
- Conceito: O design de espaços físicos e digitais deve promover conexões sociais significativas, transformando espaços de varejo em destinos com propósito comunitário.
- Exemplos: Redesign das lojas Starbucks, as sessões “Today at Apple” da Apple, e espaços culturais como a Casa Natura Musical.
“O impacto dos Terceiros Lugares se estende além da interação social para a estratégia de marcas e varejo.”
5 – Encontrando o Equilíbrio (Finding the Balance):
- Conceito: O design deve permitir que as pessoas alternem entre períodos de “conectividade total” e momentos de desconexão, para o bem-estar mental.
- Exemplos: O ressurgimento dos “dumb phones”, retiros de desintoxicação digital e campanhas analógicas. Aqui, nas tendências em design para 2025, relembramos os clubes de leitura, e os offlines, como já citados nos artigos da nossa correspondente na Europa, Lulu Skantz.
“Essa abordagem é caracterizada por uma mentalidade de troca que permite aos indivíduos alternar entre períodos de ‘conectividade total’ e momentos de foco ou desintoxicação.”
6 – A Febre da Longevidade (Longevity Craze):
- Conceito: O design deve abordar a crescente preocupação com saúde e bem-estar, com foco em soluções que promovam a longevidade e hábitos saudáveis.
- Exemplos: O reposicionamento da marca Decathlon, a linha de refeições saudáveis da Blue Zones Kitchen e os monitores de saúde da Whoop, Oura e Ultrahuman.
“Essa mudança está reformulando as indústrias e gerando inovações em vários setores.”
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7 – Fluidez de Idade (Age Fluidity)
- Conceito: O design deve criar produtos e experiências que transcendam as barreiras geracionais, com foco em conexões intergeracionais.
- Exemplos: A campanha “Adults Welcome” da LEGO e a presença da vovó italiana Nonnasilvi no Instagram. A campanha da L’Oréal “Kids Should Be Kids” que não divulga produtos de beleza adultos para menores de 16 anos.

“Enquanto os limites entre os grupos etários se tornam mais fluidos, certas distinções permanecem essenciais para proteger o desenvolvimento e o bem-estar da infância.”
8 – Extravagância Lúdica (Playful Extravaganza)
- Conceito: O design deve intencionalmente incluir elementos de diversão, surpresa e interatividade para criar experiências mais memoráveis.
- Exemplos: As embalagens da manteiga Butt (Nova Zelândia), o papel higiênico da Who Gives a Crap (Reino Unido) e os produtos OMO Vibes (Brasil).

“Representa uma mudança de apenas aceitar a imperfeição para celebrar ativamente a peculiaridade e o humor como ferramentas poderosas para o engajamento do consumidor e diferenciação da marca.”
9 – Companheiros Digitais (Digital Companions):
- Conceito: O design deve focar em abordagens éticas e centradas no ser humano para a integração da inteligência artificial, criando companheiros digitais que enriquecem a vida das pessoas.
- Exemplos: Entre as tendências em design para 2025, a plataforma Personia que oferece personas sintéticas para pesquisa, os brinquedos inteligentes TeddyGPT e Moflin.
- Citação: “Essas aplicações demonstram como os companheiros de IA estão remodelando experiências pessoais, profissionais e de desenvolvimento, destacando a necessidade de abordagens de design ponderadas que equilibrem o avanço tecnológico com considerações éticas.” (página 58)

“Essas aplicações demonstram como os companheiros de IA estão remodelando experiências pessoais, profissionais e de desenvolvimento, destacando a necessidade de abordagens de design ponderadas que equilibrem o avanço tecnológico com considerações éticas.”