ABA e Aner: Associações unem forças para beneficiar o mercado de comunicação
A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) agora faz parte do quadro de associados da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner). Sandra Martinelli, CEO da ABA, nos deu uma entrevista exclusiva, contando quais os objetivos nessa união, entre eles fortalecer a liberdade de expressão, a ética e a comunicação responsável.
A ABA é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1959, que reúne as maiores empresas anunciantes do Brasil, responsáveis por cerca de 70% dos investimentos em propaganda realizados no País. A entidade foi criada para representar, defender interesses comuns e contribuir para a contínua evolução e profissionalização das empresas anunciantes. É fundadora e integrante do Conar – Conselho de Autorregulamentação Publicitária e do Cenp – Conselho Executivo das Normas-Padrão.
“A filiação à Aner pretende promover ainda mais sinergia entre anunciantes e editores de revistas”, destaca Sandra.
Por que a ABA resolveu se associar à Aner? Qual o maior atrativo para a realização dessa associação?
A ABA pratica diariamente a sua vocação pelo protagonismo colaborativo e conta hoje com 50 entidades parceiras. A Aner é a Associação Nacional de Editores de Revistas, que responde por um canal de mídia que sempre foi importante para o mercado de anunciantes e que a ABA acredita em seu poder comunicacional.
A Aner, assim como a ABA, defende a liberdade de expressão, a ética e a comunicação responsável. A ABA acredita que unir forças com os elos e as entidades do nosso mercado, é o caminho mais ágil e eficaz para passarmos pelos desafios que surgem ano a ano.
A filiação à Aner pretende promover ainda mais sinergia entre anunciantes e editores de revistas. Essa união fortalece o ecossistema de comunicação e abre novas oportunidades para iniciativas conjuntas, alavancando o potencial de ambas as organizações para impactar positivamente o mercado editorial e de anunciantes.
A filiação também vai ao encontro do excelente trabalho que Regina Bucco tem feito como diretora executiva da entidade, principalmente em um tema em comum, que afeta o mercado de comunicação, jornalismo, e também os anunciantes: fake news e desinformação.
Este ano, a Aner se destacou ao promover uma campanha para combater fake news e desinformação durante a tragédia do Rio Grande do Sul, em parceria com a ANJ, a Abert, o Projeto Comprova e o Instituto Palavra Aberta, e depois, com esforços em Brasília para a criação de um projeto em parceria com a ministra do STF e presidente do TSE, Carmem Lúcia, visando o combate às mentiras eleitorais, com lançamento de campanha para as redes sociais e dois playbooks.
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Como essa união pode colaborar com os associados da ABA e da Aner?
Desafios surgem a todo momento e as entidades são um importante local para que seus associados busquem apoio. E um dos principais desafios que, tanto os anunciantes, quanto os veículos de comunicação, como as revistas, sejam impressas ou digitais, estão vivendo atualmente, é combater o crescente mercado de fake news e desinformação.
A ABA tratou desse tema este ano em um webinar e em um painel em um de seus eventos. Este é um mercado que vem crescendo de forma avassaladora, descredibilizando os canais de comunicação e jornalismo e colocando a reputação dos anunciantes em risco, seja por financiarem, inadvertidamente, suas campanhas em sites que propagam fake news e desinformação, seja por serem vítimas de fraudes que atacam diretamente os consumidores e ferem a idoneidade de suas marcas.
As entidades têm a missão de antecipar as pautas urgentes e as tendências do setor que representam, para ajudar seus associados a encontrarem as melhores soluções e, nessa jornada, a união de forças com outros elos e entidades do mercado, como eu disse anteriormente, é o melhor caminho. Como eu sempre digo, sozinho vamos mais rápido, juntos vamos mais longe. E a campanha liderada pela Aner de combate às fake news nas eleições deste ano, que contou com apoio da ABA e de mais 11 entidades e associações, é um exemplo disso.
A ABA já possui um forte diálogo com suas entidades parceiras e alto poder de engajamento para suas iniciativas. Ao unir forças com a Aner objetivamos fortalecer ainda mais os trabalhos em torno desse tema urgente e de outros que possam ser de interesse comum entre os editores de revistas e anunciantes.
Você e Regina Bucco têm trabalhado ativamente para a expansão e fortalecimento das instituições que dirigem. Quais os maiores desafios da ABA na atualidade e como a Aner pode colaborar com a solução deles?
Os maiores desafios hoje são a ética e a responsabilidade no uso das novas tecnologias, como a IA, e o combate à fake news e a desinformação, como citei, tema que a Aner e a ABA focam, cada um com seu público, e também se apoiando, trabalharam fortemente este ano.
Tanto Aner como ABA são entidades fortes e que frequentemente participam de debates no Congresso Nacional, seja atuando junto ao mercado publicitário, implementando parcerias educacionais e tecnológicas. A associação à Aner, aproximará os anunciantes ainda mais dos editores de revistas com o objetivo da abertura do diálogo, da promoção de debates de temas em comum, como estes desafios, e da criação de iniciativas em prol do desenvolvimento sustentável e ético do setor de comunicação e marketing. A união também nos fortalece no engajamento do mercado para trabalharmos temas de interesse em comum.
Regina Bucco tem feito um excelente trabalho à frente da Aner. A série de webinares, Café com Aner, que discute temas relacionados ao dia a dia das empresas de comunicação, é uma grande exemplo disso, assim como o projeto junto ao TSE de combate às fake news nas eleições que teve apoio da ABA.
Além disso, Regina é uma das líderes de entidades de classe que faz parte da Confraria das Mulheres Dirigentes de Entidades, grupo informal criado pela ABA no final de 2023, com o objetivo de reunir as vozes dessas potentes lideranças femininas que estão realizando trabalhos incríveis à frente de suas entidades, como é o caso de Regina, que tem sido um exemplo para todas nós.
A Confraria surgiu para celebrar e fortalecer ainda mais essa união de mulheres que dirigem entidades, tanto para parcerias estratégicas profissionais, como para que juntas, possamos quebrar os tabus de uma sociedade machista, que ainda questiona a capacidade feminina de ser CEO de uma empresa ou entidade, e contribuir para abrir caminhos, para que as novas gerações de líderes mulheres sejam mais valorizadas e tenham trajetórias menos árduas do que muitas de nós que vivemos.