Ideias para licenciamento de conteúdo como formas de monetização

Ideias para licenciamento de conteúdo como formas de monetização

16 de agosto de 2024
Última atualização: 16 de agosto de 2024
4min
Lulu Skantze publisher e correspondente da Aner na Europa aparece em tela de computador durante o Café com Aner em abiente de escritório mulher branca de cabelos castanhos claros usando óculos de armação de metal dourada
Lulu Skantze: licenciamento de conteúdo de revistas e as formas de monetização. Imagem: Café com Aner
Márcia Miranda

A jornalista e publisher Lulu Skantze foi a convidada do Café com Aner da última terça-feira, 13 de agosto. Lulu é colaboradora correspondente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) na Europa e fundadora e diretora criativa de uma das maiores revistas infantis do Reino Unido, a Storytime. Ela conversou sobre os publishers sobre licenciamento de conteúdo.

Desde seu lançamento, em 2014, a revista tornou-se uma marca global de histórias, reconhecida nos setores de Editoriais e Edtech, com mais de 900 histórias disponíveis em formatos impresso, digital e áudio, e novos conteúdos publicados mensalmente. A revista é publicada atualmente em cinco países e distribuída para mais de 60 países. 

Um dos motivos do sucesso da Storytime é a criação de conteúdo para emocionar e encantar as crianças e com objetivo de licenciamento. A partir desta perspectiva, Lulu bateu um papo com os publishers e sugeriu algumas formas de licenciamento de conteúdo das revistas para criar outros produtos e formatos possíveis para monetização.

De livros didáticos a produtos infantis

Durante o bate-papo, Lulu falou sobre a Storytime e contou como o começo da revista foi contra todos os exemplos de mercado, na época. Em vez de revistas envolvidas em plástico e com brinquedos como brindes, a Storytime nasceu com a proposta de ir livre e aberta para as bancas, sem brinquedos encartados e com histórias de verdade, criadas por artistas de países diversos e periodicidade mensal.

“Eu via os pais comprando as revistas, as crianças abrindo a sacola jogando a revista no lixo sem olhar e pegando os brinquedos. Aquilo foi uma pontada. Eu pensei: a gente passa um tempão fazendo a revista e eles nem olham! Então a gente decidiu criar Storytime”, conta, destacando a importância das histórias infantis para o desenvolvimento das crianças e relacionamento com os pais.

No entanto, a revista foi além: o que começou com objetivo de envolver os pais e filhos para a hora da leitura, se tornou em um produto utilizado em escolas, livros didáticos, ganhou espaço para venda em 60 países e hoje é republicada em outros 5 países.

Veja algumas ideias sugeridas pela publisher:

Gostando desse conteúdo? Então clique aqui e compartilhe com os amigos!

1. Licenciamento de conteúdo para diferentes formatos

  • Livros didáticos: As histórias da Storytime podem ser licenciadas para serem usadas em livros didáticos, complementando o aprendizado em sala de aula.
  • Provas de concursos: Trechos das histórias podem ser utilizados em provas de concursos, avaliando a compreensão e o conhecimento dos alunos.
  • Áudiolivros: As histórias podem ser transformadas em audiolivros, atendendo a um público que prefere consumir conteúdo em formato de áudio.
  • Aplicativos educativos: As histórias podem ser adaptadas para aplicativos educativos, tornando o aprendizado mais interativo e divertido para as crianças.

2. Parcerias com marcas

  • Produtos infantis: As histórias e personagens da Storytime podem ser licenciados para serem usados em produtos infantis, como roupas, brinquedos, lancheiras, etc.
  • Eventos: A revista pode realizar eventos em parceria com marcas, como contações de histórias, oficinas de leitura e workshops.
  • Materiais escolares: As histórias podem ser impressas em materiais escolares, como cadernos, lápis e agendas.

Clique e veja aqui a apresentação de Lulu durante o Café com Aner

3. Conteúdo para outras plataformas

  • Blogs e sites: As histórias podem ser publicadas em blogs e sites, aumentando o alcance do conteúdo da revista.
  • Redes sociais: As histórias podem ser adaptadas para as redes sociais, como Instagram e Facebook, atraindo novos seguidores e engajando o público.
  • YouTube: A revista pode criar um canal no YouTube para publicar vídeos com as histórias, contadas por narradores ou com animações.

4. Cursos e workshops também são formas de licenciamento de conteúdo

  • Cursos de escrita infantil: A revista pode oferecer cursos de escrita infantil, ensinando técnicas para criar histórias envolventes e educativas.
  • Workshops de leitura: A revista pode realizar workshops de leitura para crianças, promovendo o hábito da leitura e o contato com diferentes tipos de histórias.

5. Consultoria em criação de conteúdo

  • A revista pode oferecer consultoria para empresas e instituições que desejam criar conteúdo infantil de qualidade.

Perdeu o Café com Aner e quer recuperar esses insights?

Visite nosso Canal no You Tube e assista quantas vezes quiser! Compartilhe essas dicas com seus contatos!

Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.