Ideias para licenciamento de conteúdo como formas de monetização

Ideias para licenciamento de conteúdo como formas de monetização

16 de agosto de 2024
Última atualização: 17 de setembro de 2024
4min
Lulu Skantze publisher e correspondente da Aner na Europa aparece em tela de computador durante o Café com Aner em abiente de escritório mulher branca de cabelos castanhos claros usando óculos de armação de metal dourada
Lulu Skantze: licenciamento de conteúdo de revistas e as formas de monetização. Imagem: Café com Aner
Márcia Miranda

A jornalista e publisher Lulu Skantze foi a convidada do Café com Aner da última terça-feira, 13 de agosto. Lulu é colaboradora correspondente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) na Europa e fundadora e diretora criativa de uma das maiores revistas infantis do Reino Unido, a Storytime. Ela conversou sobre os publishers sobre licenciamento de conteúdo.

Desde seu lançamento, em 2014, a revista tornou-se uma marca global de histórias, reconhecida nos setores de Editoriais e Edtech, com mais de 900 histórias disponíveis em formatos impresso, digital e áudio, e novos conteúdos publicados mensalmente. A revista é publicada atualmente em cinco países e distribuída para mais de 60 países. 

Um dos motivos do sucesso da Storytime é a criação de conteúdo para emocionar e encantar as crianças e com objetivo de licenciamento. A partir desta perspectiva, Lulu bateu um papo com os publishers e sugeriu algumas formas de licenciamento de conteúdo das revistas para criar outros produtos e formatos possíveis para monetização.

De livros didáticos a produtos infantis

Durante o bate-papo, Lulu falou sobre a Storytime e contou como o começo da revista foi contra todos os exemplos de mercado, na época. Em vez de revistas envolvidas em plástico e com brinquedos como brindes, a Storytime nasceu com a proposta de ir livre e aberta para as bancas, sem brinquedos encartados e com histórias de verdade, criadas por artistas de países diversos e periodicidade mensal.

“Eu via os pais comprando as revistas, as crianças abrindo a sacola jogando a revista no lixo sem olhar e pegando os brinquedos. Aquilo foi uma pontada. Eu pensei: a gente passa um tempão fazendo a revista e eles nem olham! Então a gente decidiu criar Storytime”, conta, destacando a importância das histórias infantis para o desenvolvimento das crianças e relacionamento com os pais.

No entanto, a revista foi além: o que começou com objetivo de envolver os pais e filhos para a hora da leitura, se tornou em um produto utilizado em escolas, livros didáticos, ganhou espaço para venda em 60 países e hoje é republicada em outros 5 países.

Veja algumas ideias sugeridas pela publisher:

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1. Licenciamento de conteúdo para diferentes formatos

  • Livros didáticos: As histórias da Storytime podem ser licenciadas para serem usadas em livros didáticos, complementando o aprendizado em sala de aula.
  • Provas de concursos: Trechos das histórias podem ser utilizados em provas de concursos, avaliando a compreensão e o conhecimento dos alunos.
  • Áudiolivros: As histórias podem ser transformadas em audiolivros, atendendo a um público que prefere consumir conteúdo em formato de áudio.
  • Aplicativos educativos: As histórias podem ser adaptadas para aplicativos educativos, tornando o aprendizado mais interativo e divertido para as crianças.

2. Parcerias com marcas

  • Produtos infantis: As histórias e personagens da Storytime podem ser licenciados para serem usados em produtos infantis, como roupas, brinquedos, lancheiras, etc.
  • Eventos: A revista pode realizar eventos em parceria com marcas, como contações de histórias, oficinas de leitura e workshops.
  • Materiais escolares: As histórias podem ser impressas em materiais escolares, como cadernos, lápis e agendas.

Clique e veja aqui a apresentação de Lulu durante o Café com Aner

3. Conteúdo para outras plataformas

  • Blogs e sites: As histórias podem ser publicadas em blogs e sites, aumentando o alcance do conteúdo da revista.
  • Redes sociais: As histórias podem ser adaptadas para as redes sociais, como Instagram e Facebook, atraindo novos seguidores e engajando o público.
  • YouTube: A revista pode criar um canal no YouTube para publicar vídeos com as histórias, contadas por narradores ou com animações.

4. Cursos e workshops também são formas de licenciamento de conteúdo

  • Cursos de escrita infantil: A revista pode oferecer cursos de escrita infantil, ensinando técnicas para criar histórias envolventes e educativas.
  • Workshops de leitura: A revista pode realizar workshops de leitura para crianças, promovendo o hábito da leitura e o contato com diferentes tipos de histórias.

5. Consultoria em criação de conteúdo

  • A revista pode oferecer consultoria para empresas e instituições que desejam criar conteúdo infantil de qualidade.

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Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.