‘Publishing é um super poder na sociedade da informação’

'Publishing é um super poder na sociedade da informação'

6 de novembro de 2025
Última atualização: 7 de novembro de 2025
4min
PH paulo henrique ferreira café com aner brand publishing
Márcia Miranda

O Café com ANER da terça-feira, 4 de novembro, recebeu como convidado o diretor executivo e sócio fundador da Barões Digital Publishing, Paulo Henrique Ferreira (PH). O encontro, que contou com a participação ativa da diretora executiva da ANER, Regina Bucco, teve como tema central os insights sobre IA e Brand Publishing, a partir de um curso recente de PH na Columbia Business School.

O especialista falou sobre a necessidade urgente de o setor editorial – publishers, donos de revistas e jornais – reavaliarem profundamente seus modelos de negócios diante da transição midiática, que é o centro de todas as mudanças. Formado em jornalismo e mestre em comunicação, autor de livros como “Brand Publishing e Transição Midiática”, PH posiciona a si e à Barões como empresas de publishing (e não agências), defendendo que o “publishing é um super poder na sociedade da informação”.

O fim dos modelos antigos e a nova gestão do publishing

Durante o encontro, PH falou sobre a mudança radical no panorama de mídia, que tornou obsoletos os modelos de gestão e comercialização. Segundo ele, a sociedade não é mais mediada por poucos grupos, e tentar aplicar benchmarks obsoletos da indústria analógica para a internet – como ocorreu na bolha .com – é um erro fatal que não deve ser repetido.

Entre os principais insights de Paulo Henrique Ferreira para o público publisher e de profissionais da área estão:

1. Mudança de mentalidade: O pensamento de gestão deve mudar, pois empresas maduras que não conseguem assumir riscos e ter velocidade já não são mais maduras. É imperativo entender os ciclos e as mudanças de eras.

2. O foco na tecnologia central: Muitos publishers cometeram o erro de desprezar sua própria tecnologia central – o publishing – ao correrem atrás de hypes e “barulhos” tecnológicos, como criar aplicativos para competir com o Facebook. A prioridade deve ser pensar processo e não produto para equacionar um novo modelo de negócio.

3. Desenvolvimento de audiência própria: As marcas precisam se posicionar como publishers em nível profissional e desenvolver uma audiência própria. Isso se tornou vital por uma série de fatores, incluindo dados primários, LGPD e a mudança no modo de consumo (o celular é a mídia com maior capilaridade da história).

4. A oportunidade da IA: A Inteligência Artificial é classificada como a inovação mais disruptiva de todas, superando a internet comercial. Para o setor de publishing, isso representa uma oportunidade, pois a IA dependerá de bases de dados estruturadas.

5. A nova função do publisher: Como publishing é a organização da informação, os editores estão em uma posição única para estruturar conteúdo e dados, transformando-os em bases de conhecimento treináveis (LLM Seding) para a IA. O futuro exige que as marcas se tornem um destino editorial estruturado e treinável tanto para pessoas quanto para algoritmos.

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Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.