VOD e aplicações por voz estão no foco da Globo

VOD e aplicações por voz estão no foco da Globo

9 de maio de 2019
Última atualização: 9 de maio de 2019
Helio Gama Neto

PROXXIMA – 08/05/2019

Taís Farias

Na busca por identidade própria e consolidação no mercado, o Globoplay traça suas apostas para aumentar sua fatia do mercado de streaming no Brasil. “Estamos em fase de fraldas”, afirmou João Mesquita, diretor geral do Globoplay, unidade OTT do Grupo Globo, em sua apresentação no ProXXIma. Criada, inicialmente, para retroalimentar a produção tradicional da emissora, a plataforma teve a necessidade de se consolidar como produto, principalmente diante da concorrência de players como Netflix e YouTube.

Apesar dos conteúdos originais e premium, acessados somente por assinantes pagos, João ressaltou a importância do conteúdo gratuito da plataforma como catch up e sinalizador de tendências e desejos do público. “As múltiplas telas já não são mais diferencial”, afirmou o diretor geral do Globoplay. Nesse sentindo o grupo se concentra em criar conteúdo one-to-one, focado em nichos para atender públicos mais específicos, mantendo a estrutura de produção do Grupo Globo. Para o executivo, o streaming permite a construção de histórias mais complexas e livres das amarras de uma grade linear que demanda necessidades específicas.

A interação entre os canais também vem sendo cada vez mais testado. A atual novela das sete, Órfãos da Terra, estreia seus episódios antes na plataforma de streaming e depois ao vivo. Estratégia que, segundo o grupo, tem aumentado a audiência da transmissão tradicional. A companhia também vai lançar no Globoplay novas temporadas de séries que fizeram sucesso nos canais Globosat e não estão mais no ar, como a 4ª de Sessão de Terapia, da GNT.

O grupo tem estudado métodos alternativos de distribuição de conteúdos, como colocar a plataforma num marketplace em que as atrações podem ser assinadas separadamente ou em pacotes promocionais, como já ocorre na TV linear com os jogos transmitidos pelo Premier. O grupo já veicula publicidade no catch up e começa a fazer testes também na versão por assinatura, como na ação recente com a Coca-Cola, que convidava o público a maratonar séries da Globoplay.

Interação e iteração
Na televisão linear, a emissora também tem buscado formas de expandir sua relação com a audiência, especialmente a mais jovem. A diretora de relacionamento da Globo, Andreia Doti, também falou sobre essas estratégias no ProXXIma. A executiva apontou que 20% das pessoas que entram em contato com a Globo tem entre 16 e 29 anos, o que motivou um olhar direcionado a esse target no processo de reestruturação do grupo. Um exemplo foi o projeto Globo Lab Malhação, que convidou jovens estudantes para cocriar a campanha digital da temporada Viva a Diferença de Malhação, em 2017.

A emissora também se voltou para os dados com a criação da sala de conversa, um software dinâmico que mensura as interações do público em tempo real. Segundo Andreia, a ferramenta gera a possibilidade de identificar tendências e insights que podem interagir com o conteúdo que está no ar. Uma das áreas que é analisada é o conversa.globo, espaço no qual a audiência pode literalmente debater o enredo de novelas e outros conteúdos de entretenimento. A proposta também visa transformar o engajamento do público em material para suas produções.

Para o futuro, Andreia vê o aumento de aplicações por comando de voz. Ainda em fase de pesquisa, a emissora quer desenvolver um bot capaz de responder perguntas recorrentes do público e aplicações para assistentes de voz e smart speakers. “Nosso objetivo é estar disponível para conversar e fazer essa troca com o público onde quer que ele queira”, explicou a diretora de relacionamento.


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Helio Gama Neto