Receita publicitária do Google desacelera

Receita publicitária do Google desacelera

2 de maio de 2019
Última atualização: 2 de maio de 2019
Helio Gama Neto

MEIO&MENSAGEM – 30/04/2019

Do Advertising Age

No primeiro trimestre, a receita da Alphabet, empresa-mãe do Google, ficou abaixo das estimativas dos analistas, sinalizando que talvez os anunciantes estejam transferindo parte de seus investimentos para concorrentes digitais.

Na segunda-feira, 29, a companhia reportou US$ 29,5 bilhões em vendas, excluindo pagamentos a parceiros de distribuição. A receita publicitária do Google subiu 15% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento mais lento em três anos. Em comparação com o último trimestre de 2018, o crescimento foi de 20%. Decepcionante, o índice também contrasta com o Facebook, que mesmo em meio a escândalos reportou, na semana passada, aumento de 26% em vendas de anúncios.

O Google geralmente é o primeiro lugar para onde os consumidores vão quando querem procurar por novos produtos, permitindo que a gigante da internet cobre valores premium dos varejistas e de outras marcas que querem alcançar os consumidores. Porém, cada vez mais, as pessoas estão indo diretamente na Amazon para caçar produtos e a gigante do e-commerce tem agarrado um share mais gordo do mercado publicitário digital.

Ruth Porat, CFO do Google, atribui parte da retração à flutuação monetária. Em entrevista à Bloomberg TV, a profissional também deu de ombros ao avanço da Amazon na publicidade, argumentando que ainda há muito espaço para todas as companhias digitais crescerem na publicidade porque muito do investimento em marketing ainda vai para o off-line.

“Quase metade dos budgets publicitários nos EUA ainda são destinados ao off-line, 90% do comércio no país é off-line e estamos focados no grande papel que o digital tem nisso”, disse.

Ao mesmo tempo, o Google está investindo muito na moderação de vídeos no YouTube e na construção de uma equipe de vendas para seu negócio na nuvem. A companhia não abre a receita do YouTube e da unidade na nuvem, mas ambas são fontes importantes para crescimento futuro. Amazon e Microsoft também estão à frente do Google no mercado da nuvem. A outra fonte de receita do Google, que inclui o negócio na nuvem, teve aumento de 25% chegando a US$ 5,45 milhões. A renda líquida da companhia foi de US$ 6,66 bilhões, inferior aos US$ 9,4 bilhões de um ano antes.

Já as vendas da Amazon no primeiro trimestre aumentaram 34%, atingindo US$ 2,72 bilhões. A franquia de publicidade digital da companhia é a terceira maior dos EUA, ficando atrás somente de Google e Facebook, aponta o eMarketer.


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Helio Gama Neto