Impressos na educação: Webinar debate mitos e verdades sobre o papel da tecnologia no ensino
“O contato com o impressos é uma ferramenta poderosa para a formação de leitores proficientes e de cidadãos mais conscientes”. A frase é da Renata Muller, diretora executiva da Abrelivros, que participou do Webinar Estudar no papel ou no digital?, promovido pela Abrelivros, Revista Educação e Two Sides, com o patrocínio da Editora FTD e da Suzano Papel e Celulose. A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) apoiou a iniciativa.
O encontro reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir os prós e contras do material impresso e da tecnologia nas salas de aula. Além da pesquisadora norueguesa Audrey van der Meer, codiretora do Laboratório de Neurociência do Desenvolvimento da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU), também participaram a pedagoga e especialista em Docência do Ensino Superior pela PUC-SP, Sandra Scapin; e a coordenadora da Faculdade de Pedagogia do Instituto Singularidades e do laboratório Maker de formação de professores, Tathyana Gouvea. .
O encontro foi promovido pela Abrelivros, Revista Educação e a Two Sides, com patrocínio da Editora FTD e da Suzano Papel e Celulose e o apoio institucional da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e de diversas associações e parceiros.
Pesquisadora da Noruega falou sobre o desenvolvimento cerebral humano
Durante o encontro um dos destaques da fala de Renata foi a pesquisa Papel e Digital, que mostra a importância do papel e dos livros impressos no processo de aprendizagem. Já a pesquisadora norueguesa Audrey van der Meer falou sobre o trabalho do laboratório da NTNU, que investiga o cérebro humano, seus mecanismos de aprendizagem e de aquisição de habilidades.
Explicando o desenvolvimento cerebral humano, ela citou pesquisas desenvolvidas com estudantes, comparando o nível de atividade cerebral entre aqueles que escrevem em teclados e os que utilizam as mãos para anotações em papel. O que as pesquisas mostram é uma atividade maior e mais completa quando se escreve no papel.
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Escrita à mão exercita áreas importantes do cérebro
A pedagoga Sandra Escapin falou sobre a importância da escrita à mão no desenvolvimento do raciocínio crítico e da capacidade de análise e síntese. Ela enfatizou a necessidade de personalização do aprendizado e o uso de diferentes recursos para atender às necessidades individuais dos alunos.
´É muito importante que a gente trabalhe com equilíbrio. Nós não precisamos seguir um único caminho é preciso diversificar para que, a partir de cada recurso, a gente desenvolva as habilidades que ele tiver de melhor”, disse
“O papel ajuda a garantir uma leitura e uma produção de registro com uma maior concentração. A gente bem sabe que muitas vezes quando nós estamos com o nosso celular fazendo uma leitura por exemplo chegam notificações diversas e nós acabamos e desviando a nossa atenção”
Sandra Escapin
Impressos e escrita: ferramentas de empoderamento para produção de conhecimento
Tatiana Goveia fez uma exposição sobre a inteligência humana: entre o orgânico e o artificial. Ela voltou no tempo, falando sobre a cultura oral, dos primórdios da humanidade até chegar à escrita, que trouxe uma revolução para a forma de conhecer de aprender de transmitir conhecimento. Ela ressaltou a importância da escrita como um empoderamento, que permite não só a leitura, mas a produção de conhecimento.
“Isso marca uma característica muito específica dos nossos tempos, em que somos autores e não apenas leitores do mundo”, disse, lembrando da importância da escola neste processo. “A escola tem esse papel fundamental de ao estar estabelecida ao redor do mundo todo, conseguir viabilizar que essa cultura seja compartilhada e difundida de forma única”, diz.
Tatiana também falou sobre a importância da cultura maker na educação e como ela pode ser utilizada para desenvolver competências digitais. No bate-papo, ela discutiu a necessidade de equilibrar o uso da tecnologia com o desenvolvimento da inteligência humana.