Estratégia de dados: “Dados cada vez mais terão valor no mercado”

Estratégia de dados: “Dados cada vez mais terão valor no mercado”

28 de junho de 2023
Última atualização: 23 de agosto de 2023
5min
Homem branco, Bruno Costa, da Barões Digital Publishing em primeiro plano usa barba e tem cabelos castanhos. Veste caisa branca e usa óculos de armação escura, está em ambiente doméstico com paredes brancas, fala sobre estratégia de dados em webinar
Márcia Miranda

28 de junho de 2023

Tela de computador com reunião do Zoom mostra apresentação de Bruno Costa, da Barões Digital Publishing, sobre estratégia de dados
Bruno falou de desafios e oportunidades das estratégias de dados para os publishers, destacando as demandas do mercado pelos dados organizados e classificados adequadamente. Imagem: Reprodução do YouTube Aner

Bruno Costa foi o convidado do Café com Aner especial sobre Estratégia de Dados na terça-feira, dia 28 de junho. Sócio-fundador e diretor de estratégia de Dados da Barões Digital Publishing, ele deu dicas e tirou dúvidas dos editores sobre como usar as informações e métricas para criar estratégias.

O Café com Aner é um encontro criado pela Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) para unir os publishers e estimular debates e compartilhamento de conhecimento sobre assuntos que interessam ao mercado editorial.

Toda terça-feira os encontros acontecem às 15h, pelo Zoom, gratuitamente e com inscrições abertas para todos os interessados, associados ou não à Aner.

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Métricas e dados são o novo petróleo

Bruno fez uma exposição sobre a necessidade premente de iniciar a captura de dados primários de leitores e clientes, frisando que essas informações são essenciais, mas precisam de um bom processamento e interpretação para que sejam usadas adequadamente.

“Os dados são o novo petróleo e o novo ouro… mas não adiantam nada se não há uma ‘refinaria’ para processar o produto bruto. A gente precisa desenvolver a consciência de ‘refinaria’ para dar utilidade a esses dados”, destacou.

Bruno também explicou que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o fim dos cookies de terceiros no Google Chrome colaboram para que os dados fiquem ainda mais valiosos. Os principais clientes seriam empresas que precisam de informações sobre onde achar o público potencial para seus produtos.

“A LGPD restringe o uso descarado de dados sem o consentimento explícito dos leitores. As empresas, as marcas anunciantes, conseguiam comprar dados de usuários praticamente em uma feira livre.  E isso não poderá mais ser feito. Então existe uma grande oportunidade para nós, publishers, de capturar dados de usuários por conta própria”, explicou.

“Quem tiver uma estratégia sólida vai ter vantagem competitiva no mercado”.

Coleta, organização, seleção, classificação

Além de coletar os dados, é necessário que eles venham selecionados e categorizados para atender à demanda das empresas. Ou seja, é importante criar uma estratégia sólida, que efetivamente entregue informação junto com os dados coletados.

Na estratégia, é importante organizar e classificar os dados

“No geral o que fazemos hoje é uma análise básica da audiência, com informações demográficas e geográficas do nosso público e análise da concorrência. Mas podem ser feitas coisas mais avançadas, como separar os usuários em torno de consumo de temas, fornecer esses dados para criação de retargeting, uma campanha uma segmento mais avançada como o look alike, encontrando pessoas parecidas com padrão de consumo semelhante”.

Bruno sustenta que a integração com mídia paga pode facilitar a venda de projetos de branded content com a garantia de uma audiência eficiente para a campanha, reduzindo o custo por clique e consequentemente aumentando o retorno.

Google Analytics e GA4

O especialista também fez alguns comentários sobre a migração do Google Analytics para o GA4, que será implementado pelo Google na próxima sexta-feira, dia 30 de junho. Segundo ele, a mudança, apesar de exigir muita dedicação dos publishers, pode ser boa para esse mercado.

“A atual versão do Analytics foi criada em 2005 e é muito voltada para e-commerce.  A taxa de rejeição era basicamente medida pelo fato de a pessoa entrar numa página e não comprar. Mas a gente sabe que às vezes a pessoa entrar no nosso site e ler um conteúdo, passar dois, três minutos no nosso site, não pode ser considerada uma rejeição, e sim uma interação valiosa”, explicou, comentando que o GA4 trata bem os portais de conteúdo, fornecendo análises e integrações com as ferramenta de publicidade do Google.

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Texto: Márcia Miranda

Márcia Miranda
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