Como é a diversidade em redações investigativas ao redor do mundo

Como é a diversidade em redações investigativas ao redor do mundo

9 de fevereiro de 2021
Última atualização: 9 de fevereiro de 2021
Helio Gama Neto

ABRAJI – FEVEREIRO DE 2021

Da pandemia global do coronavírus às reflexões que se seguiram aos protestos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), o ano de 2020 expôs uma série de falhas na sociedade. As organizações estão questionando seu papel e o jornalismo não foi poupado por este momento de autoanálise. Em vários dos principais meios de comunicação dos Estados Unidos, houve demissões de funcionários e protestos sobre a falta de diversidade racial.

Claro que esse não é um problema apenas dos EUA. Um estudo de 2020 do Reuters Institute, que analisou 100 veículos de notícias em cinco países e quatro continentes, descobriu que, geralmente, os cargos mais importantes das principais organizações são ocupados muito mais por brancos do que o percentual das populações que atendem. No Brasil e em outros quatro países (Reino Unido, África do Sul, Alemanha e Estados Unidos), apenas 18% dos 88 principais editores não eram brancos, em comparação com 41% da população em geral. No Brasil, que tem uma população majoritariamente não branca, a pesquisa encontrou apenas um editor não branco; nos EUA, foram dois.

Dados exatos sobre a composição das equipes de jornalismo investigativo em todo o mundo são escassos. Mas em meio a preocupações de que esse prestigioso campo ainda é dominado por um grupo nada diversificado, o National Press Club dos Estados Unidos organizou um seminário sobre como recrutar equipes de jornalismo investigativo diversificadas.

E em entrevistas realizadas para este artigo, jornalistas de todo o mundo sugerem que o campo investigativo é uma das áreas que tem dificuldade para atrair, treinar e reter jornalistas negros e de origens diversas.

“Eu queria fazer isso há muito tempo, mas eu estava muito intimidada com a ideia de ser uma jornalista investigativa”, conta Zanele Mji, ex-repórter da organização sul-africana amaBhungane. “Agora eu entendo o porquê: eu nunca tinha visto ninguém como eu fazendo isso.”

Leia aqui a íntegra da reportagem.

 


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Helio Gama Neto