Digital First: Como a cultura móvel e a ascensão da IA reconfiguram o jornalismo?

Digital First: Como a cultura móvel e a ascensão da IA reconfiguram o jornalismo?

21 de outubro de 2025
Última atualização: 21 de outubro de 2025
4min
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Na visita ao Google, especialistas vão falar sobre como o digital first está influenciando o fazer jornalístico. Imagem: Freepik
Márcia Miranda

No próximo dia 12 de novembro, editores, jornalistas e publishers associados à Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) farão uma visita exclusiva ao Google. O objetivo é conversar sobre temas importantes que rondam o universo publishing, influenciando não só o fazer jornalístico como também a monetização das empresas e os formatos de publicação. Um dos temas na agenda é o Digital First e como a cultura móvel está modificando o jornalismo. A base do debate será o Digital News Report 2025, do Instituto Reuters.

Com a fragmentação e a pressão contínua sobre os modelos de negócios tradicionais, o documento mostra uma queda constante no engajamento com fontes tradicionais de mídia, como TV, imprensa e websites de notícias, enquanto cresce a dependência de plataformas de mídia social, plataformas de vídeo e agregadores online. O smartphone se tornou o principal dispositivo que as pessoas encontram pela manhã para se informar, suplantando rádio e televisão. Mais da metade dos jovens com menos de 35 anos (e, em alguns casos, mais velhos) nos Estados Unidos, por exemplo, agora diz que as redes sociais e de vídeo são sua principal fonte de notícias, mostrando uma relutância em visitar websites ou aplicativos de notícias tradicionais

A aceleração do conteúdo em vídeo e a ascensão dos influencers

A preferência do público por formatos está mudando: embora o texto ainda seja dominante (55%), cerca de um terço (31%) prefere assistir às notícias online. Essa preferência é ainda mais acentuada entre os mais jovens. O consumo de vídeo online aumentou significativamente, sendo a maioria acessada por meio de plataformas de terceiros (61%), como YouTube e TikTok, em vez de websites ou aplicativos de notícias.

Paralelamente, o relatório destaca a ascensão de um ecossistema alternativo de mídia – incluindo YouTubers, TikTokers e podcasters – que desempenha um papel significativo na formação do debate público. Esses criadores, que frequentemente se opõem às organizações de notícias tradicionais, atraem audiências que a mídia legada tem dificuldade em alcançar, especialmente jovens e públicos de direita.

Evento no Google vai discutir alternativas para o digital first

Diante dessas tendências, o desafio para os editores e jornalistas é profundo: como ajustar-se a essa realidade digital first, abraçando a tecnologia, mas mantendo a supervisão humana e a qualidade editorial? Os dados do Reuters Institute deixam claro que os leitores ainda valorizam marcas confiáveis, que oferecem imparcialidade, transparência e, crucialmente, jornalismo investigativo original.

A capacidade de inovar, repensar formatos (como bundles e personalização) e oferecer valor superior será decisiva para reconstruir a conexão com o público.

Para discutir em profundidade a cultura Digital First, as estratégias de engajamento do público nativo digital e o papel transformador da Inteligência Artificial em sua redação, a ANER convida você, exclusivamente associado, para um evento imperdível no Google, no dia 12 de novembro. É a oportunidade ideal para editores, jornalistas e publishers aprofundarem sua compreensão sobre as descobertas do relatório Reuters e traçarem o futuro da sua estratégia de conteúdo. Garanta sua participação na discussão que definirá o amanhã do jornalismo de valor!

Se você ainda não recebeu a convocação, entre em contato com a Aner!

Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.