Digital First: Como a cultura móvel e a ascensão da IA reconfiguram o jornalismo?

No próximo dia 12 de novembro, editores, jornalistas e publishers associados à Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) farão uma visita exclusiva ao Google. O objetivo é conversar sobre temas importantes que rondam o universo publishing, influenciando não só o fazer jornalístico como também a monetização das empresas e os formatos de publicação. Um dos temas na agenda é o Digital First e como a cultura móvel está modificando o jornalismo. A base do debate será o Digital News Report 2025, do Instituto Reuters.
Com a fragmentação e a pressão contínua sobre os modelos de negócios tradicionais, o documento mostra uma queda constante no engajamento com fontes tradicionais de mídia, como TV, imprensa e websites de notícias, enquanto cresce a dependência de plataformas de mídia social, plataformas de vídeo e agregadores online. O smartphone se tornou o principal dispositivo que as pessoas encontram pela manhã para se informar, suplantando rádio e televisão. Mais da metade dos jovens com menos de 35 anos (e, em alguns casos, mais velhos) nos Estados Unidos, por exemplo, agora diz que as redes sociais e de vídeo são sua principal fonte de notícias, mostrando uma relutância em visitar websites ou aplicativos de notícias tradicionais
A aceleração do conteúdo em vídeo e a ascensão dos influencers
A preferência do público por formatos está mudando: embora o texto ainda seja dominante (55%), cerca de um terço (31%) prefere assistir às notícias online. Essa preferência é ainda mais acentuada entre os mais jovens. O consumo de vídeo online aumentou significativamente, sendo a maioria acessada por meio de plataformas de terceiros (61%), como YouTube e TikTok, em vez de websites ou aplicativos de notícias.
Paralelamente, o relatório destaca a ascensão de um ecossistema alternativo de mídia – incluindo YouTubers, TikTokers e podcasters – que desempenha um papel significativo na formação do debate público. Esses criadores, que frequentemente se opõem às organizações de notícias tradicionais, atraem audiências que a mídia legada tem dificuldade em alcançar, especialmente jovens e públicos de direita.
Evento no Google vai discutir alternativas para o digital first
Diante dessas tendências, o desafio para os editores e jornalistas é profundo: como ajustar-se a essa realidade digital first, abraçando a tecnologia, mas mantendo a supervisão humana e a qualidade editorial? Os dados do Reuters Institute deixam claro que os leitores ainda valorizam marcas confiáveis, que oferecem imparcialidade, transparência e, crucialmente, jornalismo investigativo original.
A capacidade de inovar, repensar formatos (como bundles e personalização) e oferecer valor superior será decisiva para reconstruir a conexão com o público.
Para discutir em profundidade a cultura Digital First, as estratégias de engajamento do público nativo digital e o papel transformador da Inteligência Artificial em sua redação, a ANER convida você, exclusivamente associado, para um evento imperdível no Google, no dia 12 de novembro. É a oportunidade ideal para editores, jornalistas e publishers aprofundarem sua compreensão sobre as descobertas do relatório Reuters e traçarem o futuro da sua estratégia de conteúdo. Garanta sua participação na discussão que definirá o amanhã do jornalismo de valor!
Se você ainda não recebeu a convocação, entre em contato com a Aner!


