Aner participa de reunião do Conselho de Comunicação Social no Senado

Aner participa de reunião do Conselho de Comunicação Social no Senado

6 de novembro de 2023
Última atualização: 6 de novembro de 2023
4min
Rafael soriano homem branco de cabelos, barba e bigode castanho-escuros, veste terno cinza, gravata listrada e blusa azul e aparece sentado por trás de uma mesa com microfone falando no Conselho de Comunicação Social no Senado
Rafael esteve no Conselho de Comunicação Social a convite em novembro passado.
Márcia Miranda

O presidente da Aner, Rafael Soriano, participou hoje pela manhã da 7ª reunião de 2023 do Conselho de Comunicação Social (CSS) do Congresso Nacional, no Senado. A audiência pública aprovada na reunião do dia 4 de setembro passado discutiu a sustentabilidade do jornalismo.

Além de Rafael, também participaram da mesa de debates a diretora de relações institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Carla Egídio e o secretário-geral da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc), Celso Augusto Schröder. Presidindo a mesa, o presidente do CCS, Miguel Matos abriu a sessão ao lado da vice-presidente, Patrícia Blanco.

Durante seu discurso, Rafael falou sobre os riscos da desinformação e da influência das grandes plataformas sobre mudar as formas de as pessoas trabalharem, se comunicarem, comprarem, venderem e consumirem produtos e serviços.

“O celular e as plataformas acompanham os usuários desde o despertar até a noite, em uma relação direta e constante. No Brasil 96% da população tem um smartphone em mãos, de acordo com uma pesquisa da Panorama Mobile. Outra pesquisa conduzida pelo Centro Regional de estudos de desenvolvimento da sociedade da informação Cetic.br aponta que 24% das crianças se conectam à internet pela primeira vez com até 6 anos de idade”, destacou, citando a importância de projetos de educação midiática como os desenvolvidos pelo Instituto Palavra Aberta.

Novas possibilidades de sustentação da comunicação e do jornalismo

Rafael também falou sobre a relevância das associações de jornalismo como Aner, ANJ, Abert para reunir empresas compromissadas com a comunicação de qualidade e produzida pelo jornalismo profissional. Ele citou a carta da Coalizão Liberdade com Responsabilidade aliança que congrega 43 entidades nacionais e Estaduais de comunicação do país: “Sem o jornalismo inexiste democracia e no seu vácuo florescem as fake News”.

“Acredito que ainda seja insuficiente o que falamos dos custos da produção da comunicação social dos custos do Jornalismo e da crise enfrentada pelas empresas de comunicação em razão dessa concentração da verba publicitária. Precisamos discutir esse modelo de negócios assentando na publicidade e outras possibilidades de sustentação da comunicação e do jornalismo”, afirmou, citando os números do censo Atlas da Notícia: “Neste ano foram identificadas mais 39 organizações (empresas jornalísticas) que encerraram as suas atividades. Com essas, são 942 as organizações registradas na base de dados e que foram fechadas nos últimos anos”.

A mesa do Conselho durante o encontro. Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Taxa de limpeza para compensar informação de má qualidade

Rafael também citou o presidente da ANJ, Marcelo Rech, ao defender que as plataformas paguem uma “taxa de limpeza” do lixo que jogam na rede.

“Como tem defendido o meu amigo jornalista Marcelo Rech, presidente da ANJ, defendemos que as grandes plataformas que produzem essa poluição social paguem por uma taxa de limpeza. Ele costuma dizer, muito acertadamente, que quem limpa a sujeira deixada pela fake News e pela desinformação é o jornalismo profissional. E é fácil de perceber o efeito poluente desse conteúdo compartilhado nas redes sociais. Embora não seja palpável ou visível como a poluição despejada no meio ambiente, os seus efeitos são drásticos. Para combatê-la, é preciso criar uma taxa de limpeza da poluição social produzida pelas gigantes digitais. Entendemos que não podemos seguir inertes diante de um cenário desafiador como esse, que põe em risco a sustentabilidade das empresas jornalísticas e, em última instância, a democracia”.

A íntegra da reunião pode ser vista aqui.

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Márcia Miranda
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