Wharrysson Lacerda: os vários efeitos da inteligência artificial na mídia

Wharrysson Lacerda: os vários efeitos da inteligência artificial na mídia

26 de junho de 2024
Última atualização: 26 de junho de 2024
4min
Homem branco de pele morena. Wharrysson Lacerda aparece em tela de tv com camisa branca de gola, falando sobre inteligência artificial no Café com Aner
Wharrysson Lacerda: Café com Aner de alcance internacional
Márcia Miranda

O Café com Aner da última terça-feira discutiu os vários efeitos que a inteligência artificial já está causando na mídia em todo o mundo. Wharrysson Lacerda, criador do Olhar Digital, foi o convidado, para falar sobre como a IA mudou e seguirá mudando os rumos do jornalismo e das empresas de comunicação.

Em um bate-papo que reuniu participantes de Moçambique, Holanda e diversas cidades do Brasil, Wharrysson abordou os modelos de comunicação americano, europeu e brasileiro.

Ele fez uma análise sobre como fechar as portas para que a IA recolha conteúdo dos jornais e revistas pode ser bom pra forçar as empresas a remunerarem conteúdo, mas ruim para o tipo de informação que estará sendo compilada pelos robôs.

“Nem o próprio google sabe para onde essa mudança de algoritmo vai.”, alertou ele. “A partir do momento em que essas fontes de informação de melhor qualidade fecham as suas portas pros robôs das inteligências artificiais onde eles vão buscar essas informações para manter seus bancos de dados atualizados? A chance de eles receberem fake News como base da sua leitura de dados aumenta”, afirma.

Veja mais alguns pontos importantes do Café com Aner com Wharrysson Lacerda

“Na revolução industrial a gente teve um subproduto, que foi a emissão de gás na atmosfera. Na época ninguém prestou muita atenção na época… Na revolução digital, a gente tem um subproduto também: as redes sociais. Elas ocupam o papel do CO2 da revolução industrial.

“É preciso entender que (os efeitos) delas são bastante deletérios também, mas talvez sejam inevitáveis, assim como o CO2. A gente vai precisar, de alguma maneira, conviver com elas… do mesmo jeito que tem que reduzir as emissões, sequestrar carbono e criar tecnologias para lidar com esse problema”. 

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“(as redes sociais) são o grande celeiro de distribuição das fake news e elas vão levar a nossa sociedade… já estão levando… a lugares muito perigosos do ponto de vista da organização social, da democracia mesmo. A gente está vendo isso acontecer mundo fora. Só isso justifica o Donald Trump estar à frente da corrida presidencial nesse momento, mesmo tendo feito lá, durante 4 anos, um dos piores governos dos Estados Unidos sobre qualquer ponto de vista” 

“A natureza odeia o vácuo… os seres humanos também”.

“Quando não tem a presença da produção mais forte no jornalismo local, o campo fica aberto para as fakenews”.

“Na verdade IA tem vários lados. A velocidade com que os sistemas de inteligência Artificial estão sendo desenvolvidos e implementados realmente está colocando a indústria de mídia num lugar que é muito desconfortável.

“Há alguns anos uma revista era uma revista ela não precisava pensar em criar um podcast, não era multidimensional. A mudança tecnológica nos obriga a sermos, todos, multidimensionais. Então, uma revista não pode ser só mais uma revista ela tem que ser uma revista, um podcast, tem que produzir vídeo e ter uma página na internet, um aplicativo… ela tem que se transformar em alguma coisa que é diferente da natureza da sua origem.”

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Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.