IA no jornalismo: as dicas de Nadine Santos para a rotina diária

Gestora de Comunicação e Projetos na Associação Portuguesa de Imprensa, Nadine Santos foi a convidada do Café com Aner numero 124, na terça-feira, 5 de agosto. Ela deu dicas valiosas sobre como incluir as ferramentas de IA no jornalismo, com direito a um guia prático, com ferramentas organizadas por categorias, para facilitar a consulta.

Durante o bate-papo, acompanhado por publishers e jornalistas nacionais e internacionais, Nadine enfatizou a importância de explorar e experimentar diversas ferramentas para encontrar aquelas que melhor se adaptam às necessidades individuais. Ela enfatizou a importância de abraçar as ferramentas de IA e fazer bom uso delas, estando à frente da tecnologia.

Padlet reúne sugestões de 66 ferramentas de IA para jornalismo

Nadine conta que começou a pesquisar as ferramentas por curiosidade e por gostar de aprender sobre IA. Aos poucos, foi formando o banco de informações, que compartilha com interessados. O Padlet criado por ela hoje já reúne mais de 60 ferramentas, com comentários, exemplos de uso e recomendações.

O quadro completo com todas as ferramentas de IA para jornalismo sugeridas pode ser acessado clicando aqui.

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Veja algumas das dicas da especialista para quem está começando a usar IA

• Comece perguntando à própria IA: Nadine sugere iniciar perguntando a um chatbot como as tarefas diárias de um jornalista podem ser otimizadas com ferramentas de IA. A ideia é usar o chatbot para identificar oportunidades de automação no dia a dia. “Pode-se começar por perguntar à inteligência artificial: ‘Eu faço isto, isto, isto e isto. E o que é que tu achas? Perguntar mesmo a um chatbot como o nosso dia-a-dia pode ser otimizado com as ferramentas”.

• Explore e experimente diversas ferramentas: Após a identificação de possíveis otimizações, a recomendação é explorar todas as ferramentas disponíveis e ver quais se adaptam melhor às suas necessidades e preferências.

• Diversifique o uso de ferramentas para comparar resultados e verificar viés: É muito importante usar várias ferramentas de IA diferentes para comparar os resultados e verificar se alguma delas apresenta viés, garantindo assim a diversidade e a confiabilidade das informações.

• Melhore prompts com chatbots: Para obter resultados mais precisos, especialmente em ferramentas de geração de imagem, Nadine aconselha usar chatbots como ChatGPT ou Gemini para refinar e otimizar os prompts (instruções dadas à IA), aproveitando o conhecimento desses chatbots sobre a mecânica interna de outras ferramentas de IA. “O Chat GPT, por exemplo, é dos Estados Unidos e muitas destas ferramentas também são baseadas lá. Sendo assim, ele conhece a mecânica interna de muitas delas”.

• Aproveite as ferramentas de transcrição: Para tarefas como transcrição de entrevistas longas, que antes eram trabalhos manuais e demorados, a dica é fazer bom uso das ferramentas de IA disponíveis para essa finalidade, tirando proveito da tecnologia para automatizar trabalhos repetitivos.

• Considere usar ferramentas open source para dados sensíveis: Se houver preocupações com privacidade ou se estiver trabalhando com dados sensíveis em investigações, é importante utilizar ferramentas de IA que permitam download ou execução direta no próprio computador, garantindo que os dados permaneçam no seu sistema.

• Seja transparente com o uso da IA e dar crédito ao fator humano: Meios de comunicação devem ser transparentes sobre o uso da IA e, mais importante, dar credibilidade e mérito aos jornalistas que estão editando, revisando e controlando a máquina, enfatizando que o propósito e a intenção são inerentemente humanos.

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