Allan Rocha: “O problema não é a IA, mas as pessoas”

Allan Rocha: "O problema não é a IA, mas as pessoas"

22 de novembro de 2024
Última atualização: 22 de novembro de 2024
2min
Allan Rocha homem negro de cabelos grisalhos aparece em ambiente de residência em conversa online usando óculos de armação castanha e blusa de gola azul jeans falando no Café com Aner sobre IA e direitos autorais
Allan Rocha fez reflexões sobre a necessidade de regulamentação da IA e da utilização da ferramenta de forma construtiva. Foto: Reprodução Café com Aner
Márcia Miranda

O professor Allan Rocha, presidente e diretor científico do Instituto Brasileiro de Direitos Autorais (IBDA), foi o convidado do Café com Aner no dia 19 de novembro, para falar sobre a relação entre inteligência artificial (IA), direito autoral e produção de conteúdo. Ele explorou o impacto da IA na criação e autoria de obras, levantando questões sobre a proteção dos direitos autorais diante das novas tecnologias.

Professor e pesquisador de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, Allan é consultor jurídico. Ele começou a conversa falando sobre a história dos direitos autorais, desde sua origem na proteção de textos literários até os desafios contemporâneos da era digital. Em seguida, foi enfático em destacar que a IA é apenas uma ferramenta:

“Qual é o o uso que nós vamos dar a essas tecnologias e como nós vamos adequar a sua regulação? A IA está aí, nós já usamos e o problema da IA não é IA: são as pessoas que fazem a IA, que disponibilizam e que usam a ferramenta. Então o problema continua sendo o mesmo: as pessoas”.

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Adaptação de conceito de autoria à realidade da Inteligência Artificial

Allan Rocha ressaltou que a preocupação com o impacto da tecnologia nos direitos autorais não é nova, e que a história se repete com a chegada da inteligência artificial.

“No final do século XIX, nós tivemos várias outras transformações tecnológicas: fotografia, a possibilidade de fixar, gravar; o cinema; a possibilidade de gravar música, o fonograma”, contou. “Esse receio também acompanha as inovações tecnológicas que impactam direitos autorais. Então elas não são novidades.”

O professor destacou a necessidade de adaptar o conceito de autoria à realidade da IA, questionando se as obras geradas por inteligência artificial devem ser protegidas por direitos autorais e como essa proteção deve se dar. A palestra também explorou as implicações da IA na produção de conteúdo jornalístico, na indústria cultural e na sociedade em geral.

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Márcia Miranda
Administrator
Acredita que boas ideias precisam ser compartilhadas. Formada em Comunicação Social, Jornalismo, pela Universidade Federal Fluminense (RJ), iniciou carreira em redação em 1988 e por 24 anos (até 2012) trabalhou em veículos como Jornal O Globo e Agência O Globo, Editora Abril, Jornal O Fluminense, Jornal Metro. Em 2012 iniciou o trabalho como relações públicas e assessora de comunicação, atuando para clientes em áreas variadas, como grandes eventos (TED-x Rio, Réveillon em Copacabana, Jornada Mundial da Juventude, Festival MIMO), showbiz, orquestras, entretenimento e assessorias institucionais como o Instituto Innovare. É empreendedora e, em dezembro de 2021, criou a Simbiose Conteúdo, uma empresa que presta serviços e consultoria em comunicação para associações como Aner, Abral e Abap e divisões internas da TV Globo.