Café com Aner #100: Em conversa descontraída, ministra Cármen Lúcia defende eleições limpas e igualdade de gênero na política
O Café com Aner #100, realizado pela Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), recebeu na terça-feira, 20 de agosto, com muito orgulho, a presença da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a conversa com a diretora-executiva da Aner, Regina Bucco, a ministra demonstrou sua preocupação com a lisura do processo eleitoral e a necessidade de garantir a igualdade de gênero na política.
O encontro, descontraído, teve mais de 150 acessos pelo link do Zoom, acompanhado por jornalistas, editores e interessados de todo o Brasil e do exterior. Na conversa, Regina Bucco falou sobre a atuação atenta da ministra no preparo dos playbook para jornalistas e eleitores, criado em conjunto pela Aner e o TSE. Ela destacou que a ministra fez questão de ajustar o texto pessoalmente.
“Você, Regina, me ajudou demais. As cartilhas ficaram lindas. Todo mundo que olha fica encantado pelo trabalho e quero só tenho a agradecer a você, à Aner, a todos os que participaram trabalho”, disse.
Clique e confira o playbook para jornalistas e o playbook para eleitores.
Além dos playbooks, a Aner também coordenou a criação da campanha contra as mentiras que usa linguagem regional para engajar os eleitores. Hoje, outras 12 instituições fazem parte da campanha “Jornalismo é confiável, fala nossa língua, protege da desinformação e fortalece a democracia”.
Ministra destaca desafios enfrentados pelas candidatas femininas
A ministra pontuou a conversa com frases bem-humoradas, como “O Brasil engole um elefante e se engasga com a formiga”, quando falava sobre a dificuldade do país em combater a violência política de gênero, que cada vez mais dificulta o acesso das mulheres aos cargos políticos.
“Nós precisamos ter eleições limpas, com igualdade, para que as pessoas possam, com liberdade, escolher os seus representantes”, afirmou Cármen Lúcia.
Ao abordar a questão da participação feminina na política, a ministra enfatizou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres que se candidatam a cargos eletivos.
“Uma das prefeitas no interior da Bahia me disse: eu não vou concorrer apesar de ter 86% de aprovação porque há um ano e meio minha filha está morando com a vó, numa outra cidade. Ela não pode ir à sala de aula. Isso é uma perversidade. É uma nova forma de linchamento”.
“As mulheres têm mais dificuldade para se eleger, para fazer campanha, para ter os recursos necessários”, observou.
Cármen Lúcia defendeu a necessidade de ações afirmativas para promover a igualdade de gênero na política, como o aumento da representatividade feminina nos partidos e o combate à violência política de gênero.
No Amazonas, estiagem é um desafio para acesso aos locais de eleições
A ministra Cármen Lúcia ressaltou a importância de que o processo eleitoral seja conduzido de forma transparente e imparcial, garantindo a confiança da população na democracia. Ela também mencionou os desafios logísticos para a realização das eleições no estado do Amazonas, devido à sua vasta extensão territorial e à dificuldade de acesso a algumas localidades.
“Nós temos que garantir que todos os cidadãos, em todas as regiões do país, possam exercer o seu direito ao voto”, afirmou.
Cármen Lúcia destacou a importância do trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Forças Armadas e dos demais órgãos envolvidos na organização das eleições para garantir que o processo eleitoral seja acessível a todos os eleitores.
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