Metas de audiência para jornalistas: como atingir bons resultados?

Metas de audiência para jornalistas: como atingir bons resultados?

12 de agosto de 2022
Última atualização: 12 de agosto de 2022
Márcia Miranda

12 de agosto de 2022

Maria Luiza deu dicas sobre como implantar a cultura de metas na redação e quais as mais importantes a seguir

A convidada do Café com Aner da última terça-feira, 09 de agosto, foi Maria Luiza Borges, diretora de estratégias digitais do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) desde 2017. Maria Luiza falou sobre metas de audiência e contou sobre como a empresa está atuando para modernizar as formas de mensuração da produção de conteúdo.

Formada em jornalismo direito pela Universidade Federal de Pernambuco e mestre em comunicação e tecnologia pela Universidade de Brunel, em Londres, Maria Luiza atua no sistema Jornal do Comércio desde 1991, já foi a editora de economia e editora-executiva do jornal.

“Passei décadas da minha vida trabalhando como jornalista sem medir de forma objetiva o que eu estava fazendo. Há pouco mais de um ano a gente começou um projeto bem diferente aqui de tudo que a gente fazia”, diz Maria Luiza, contando sobre o OKR.

Metas e objetivos-chave

Em português, OKR (Objectives and Key Results) significa objetivos e resultados-chave. Segundo Maria Luiza é, basicamente é um baseado em objetivos que devem ser simples ou traduzidos de forma simples para as pessoas que vão lhe ajudar a alcançar as metas consigam compreender e colaborar.

“As metas têm que ser muito mensuráveis muito quantitativas. Não dá para trabalhar com subjetividade quando a gente quer resultado. Não pode ser “Gostei” ou “Não gostei”. Não pode ser “Tá bom” ou “tá ruim”, “tá bonito”, “tá feio”… ela tem que ser mensurável de forma quantitativa”, explica.

Maria Luiza também recomenda que sejam escolhidos poucos resultados chave para monitorar. Segundo ela, usar muitos pode fazer com que o monitoramento se perca nos números.

Metas precisam ser alcançáveis

A diretora de estratégias também explica que é preciso construir metaa alcançáveis, de acordo com a capacidade de cada membro da equipe.

“É muito fácil você estabelecer uma meta de produção com quantos conteúdos você vai gerar na sua jornada. Se você trabalha com o texto o indicador vai ser o número Diário de artigos. Se você trabalha com o vídeo, será o número Diário de vídeos que você consegue produzir. Se você está falando de mídia social, o indicativo serão número de posts de cada tipo que você é capaz de produzir em uma jornada. Então, a meta de produção é mais simples para que o jornalista entenda o quanto ele consegue entregar.”

Outro ponto a destacar é o tipo de métrica a aferir:

“Se meu objetivo é a audiência, porque de alguma forma sou remunerado por mídia programática, meu KPI tem que estar em cima dos pageviews. Se meu objetivo é angariar uma assinatura o KPI que você vai propor para sua equipe de produtores de conteúdo tem que estar atrelado ou ao tempo de permanência que os leitores vão ter sobre o seu conteúdo ou à recirculação que é o famoso segundo clique. Quantos segundos cliques eu consigo gerar nos artigos que eu tô colocando no ar? E para cada um desses KPIs você vai usar uma ferramenta”, explica.

Busca de estagiários diretamente na faculdade

Outra dica interessante foi a forma como o SJCC tem contratado seus estagiários. Segundo Maria Luiza, em vez de enviar anúncios, os profissionais da empresa vão até a universidade para dar palestras sobre assuntos interessantes aos alunos e verificam o interesse deles nos temas abordados.

A partir daí, realizam um cadastro e contratam para o estágio. Se o estudante conseguir se adaptar ao cumprimento das metas, as possibilidades de contratação aumentam.

O mesmo acontece com as contratações de profissionais:

“Aproveitamos aquele período de três meses de prestação de serviço que é o limite que o INSS nos permite e trabalhar com eles. Desde o começo falamos em meta. Fazemos uma meta progressiva. No primeiro mês, 50% do que a gente acha que ele pode chegar. Tem todo um processo de Treinamento tem todo um processo de adaptação que a gente tem que respeitar. No segundo mês, a gente aperta mais um pouco essa meta e no terceiro mês, se o cara cumpriu a meta e a vaga está aberta, a gente contrata”.

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Márcia Miranda
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