Entre soft skills e hard skills, fique com as real skills

Entre soft skills e hard skills, fique com as real skills

12 de janeiro de 2021
Última atualização: 12 de janeiro de 2021
Helio Gama Neto

ÉPOCA NEGÓCIOS – 12/01/2021

MARC TAWIL

Desde que me conheço por adulto (faz um tempinho já), acompanho a contenda entre hard e soft skills. E vira e mexe sou rotulado, principalmente por quem me conhece pouco, claro, como um profissional “soft”. Eu não renego, entretanto, sempre me questionei se pertencer única e exclusivamente ao campo das “competências socioemocionais”, em detrimento das “competências técnicas”, seria um bom negócio.

Não é, claro.

Ainda que pareça mais “cool” ser soft, eu sentia falta de uma palavra que definisse aquilo que me representava.

Até que conheci Seth Godin, best-seller mundial do marketing, e a definição dele que, essa sim, valoriza as minhas habilidades: real skills ou “competências reais”.

“Habilidades reais” porque funcionam. Porque são modernas, funcionais, necessárias e diferenciadas.

Porque são integrais e mesclam liderança, carisma, cuidado, aplicação, zelo, dedicação, interesse, atenção, presteza, solicitude, agilidade e senso de urgência.

Porque estão pautadas pela determinação, ação, atitude, congruência e contribuição.

Porque vão além das habilidades para as quais a gente é contratado ou que aparecem no diploma de graduação.

Não faz – nem nunca fez – sentido termos profissionais excelentes naquilo que entregam e intragáveis ou nada criativos no trato pessoal. E também não ajuda em nada ter profissionais incrivelmente participativos e que não detêm uma visão holística do negócio.

Ser “só técnico” ou “só comportamental” é coisa do passado.

Colaboradores híbridos são mais perceptivos, carismáticos, inspirados, motivados e com sede de protagonismo. Por isso, elevam a uma maior potência suas habilidades técnicas.

Eles sabem que não basta estarem presentes.

Que é preciso ser analítico e que experiência de vida conta.

Mais humanizados, eles acabam sendo mais empáticos com as causas de todos – ou de todes.

Seth Godin questiona: “Como explicar que organizações semelhantes e com pessoas com as mesmas qualificações profissionais tenham resultados tão diferentes?”

Você saberia responder?

Fica claro para mim que as organizações que hoje lideram esse movimento de vanguarda em todos os campos são empresas que não querem ser só as melhores do mundo e sim “melhores para o mundo”, como preconiza o Sistema B. São empresas que descobriram que entre contratar profissionais com hard skills ou soft skills, o ideal é ficar com as duas.

“O fato de essas habilidades serem difíceis de medir não significa que não devemos melhorá-las ou muda-las”, agrega Godin.

Embora meu colega tenha cunhado o termo, determino aqui as habilidades que acredito que farão a diferença nesses anos 2020:

Autoconhecimento, Autoperformance, Pensamento Crítico Sistêmico, Gestão do Caos, Honestidade Intelectual, Inteligência Emocional, Mentalidade Abundante, Insatisfação Positiva, Sabedoria Produtiva, Influência Empática, Antifragilidade e Supercomunicação.

Habilidades são atitudes e aquilo que vai separar as organizações prósperas daquelas que lutam para sobreviver é justamente o que não se mede – a qualidade das atitudes, dos processos e das percepções.

A cultura vai seguir jantando a estratégia. Só que mudar vai exigir um novo chip, um novo padrão pessoal.

Você está disposto a implantá-lo?

Marc Tawil é empreendedor e estrategista de comunicação. Nº 1 LinkedIn Brasil Top Voices, é duas vezes TEDxSpeaker, host do podcast Autoperformance, na Rádio Jovem Pan e lança neste ano, pela editora HarperCollins Brasil, “Seja Sua Própria Marca”. Acesse meu canal oficial no Telegram e no YouTube.


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Helio Gama Neto