Por que não criar um MagTok ou PubTok?

Por que não criar um MagTok ou PubTok?

9 de setembro de 2021
Última atualização: 24 de agosto de 2023
3min
Márcia Miranda

09 de setembro de 2021

TikTok no telefone

Impactado pelo sucesso dos livros no TikTok, o publisher BoSacks faz um desafio para os editores: por que não criar um BookTok, um MagTok ou um PubTok?

A provocação vem a partir da matéria publicada por Sophia Stewart no Publishers Weekly. No texto, ela faz um resgate da história de sucesso do romance It Ends with Us , de Colleen Hoover, publicado em agosto de 2016. O livro vendeu cerca de 21 mil cópias graças à publicidade, que incluiu uma turnê nacional e notas de autores de best-sellers, mas as vendas estagnaram depois daquele mês inicial.

O retorno das vendas se deu a partir de novembro de 2021, durante a pandemia, depois que o livro começou a ser comentado e recomendado através da #booktok, levando o livro a vendas semanais de, em média, 17 mil exemplares. O romance vendeu mais de 308.000 cópias desde o início de 2021 – com vendas atingindo um pico de pouco mais de 29.000 cópias na semana encerrada em 14 de agosto.

Hashtags reúnem leitores e ampliam as vendas

A “BookTok”, comunidade de leitores do TikTok, foi construída, segundo Sophia, a partir do interesse do público de compartilhar e acompanhar os autores e livros favoritos. A pandemia veio e engrossou as fileiras de curiosos e leitores, entediados com a quarentena.  E levou ao sucesso do BookTok. O conteúdo marcado com as hashtags, atualmente, atingem um público extremamente grande. Vídeos com a #BookTok, por exemplo, acumulam mais de 18 bilhões de visualizações.

É a partir daí que BoSacks faz a provocação: por que não capitalizar esse sucesso para revistas ou para o meio pub em geral?

Em sua newsletter, ele conta que vem acompanhando o sucesso da rede social há algum tempo e cita as empresas que têm utilizado o canal para explorar oportunidades comerciais: “Chipotle, Elf Cosmetics, Guess, NBA, The Washington Post, NFL e ESPN. Eu gostaria de ver mais editoras na mistura em busca de novos leitores e um público mais jovem”, afirma.

Márcia Miranda
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